Ícone do site Criptonizando

Inflação na Argentina atinge 100% e é a maior em 30 anos

O Instituto Nacional de Estatística e Censo da Argentina divulgou os números da inflação. Segundo o relatório mensal de fevereiro, o IPC atingiu 6,6%, número superior aos 6% registrados em janeiro. 

A alta foi causada principalmente pelo aumento dos preços de alimentos e bebidas, que cresceram 9,8%, atingindo o bolso dos argentinos. Dentro desse setor, as carnes lideraram a alta, com preços subindo mais de 30%.

A inflação atingiu níveis recordes anuais, com os preços subindo 102,5% A/A, o maior número em mais de 30 anos. 

Os economistas preveem uma nova aceleração para março, o que frustraria as expectativas do governo de manter o IPC abaixo de 100% para 2023.

A inflação da Argentina é a segunda mais alta da América Latina, atrás apenas da Venezuela, que atingiu 155,8% em outubro.

Economistas locais expressaram sua preocupação com a aceleração dos preços no país, pedindo mudanças nas políticas econômicas do governo de Alberto Fernandez. 

Martin Vauthier, economista da Anker Latam afirmou:

“É necessário um programa de estabilização com um forte componente fiscal, uma taxa de câmbio compatível com o acúmulo de reservas e uma política monetária consistente que sirva para reverter as expectativas e recompor a demanda por moeda.”

O chefe de pesquisa da Ecolatina, Santiago Manoukian, também declarou:

“A principal preocupação é que a alta tenha sido puxada por alimentos e bebidas, com maior impacto na cesta de consumo das famílias mais pobres.”

A alta de preços na Argentina está levando alguns varejistas a fixar preços em dólares americanos para evitar reajustes constantes, fenômeno que também é comum na Venezuela.

Leia mais: Bancos dos EUA estão com prejuízo de US$ 600 bilhões

Receba artigos sobre Bitcoin e Criptomoedas no seu email

*Obrigatório
Sair da versão mobile