Os números da inflação na Argentina foram divulgados na semana passada, com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) interanual registrando níveis recordes atingindo 78,5%.
Isso coloca o país atrás apenas da Venezuela na América Latina em termos de alta inflação, com os preços subindo quase 8% em agosto, atingindo os bolsos dos argentinos.
Segundo pesquisa realizada pela Bitso, este aumento acentuado da inflação fez com que os argentinos explorassem cada vez mais as criptomoedas como forma de manter seu poder de compra.
Os preços de alimentos e bebidas subiram 7,1% em agosto, enquanto outros itens tiveram alta mais acentuada, como roupas e eletrodomésticos.
A inflação acumulada atingiu 78,5%, a maior desde 1991, em meio a um clima de incerteza econômica e política, com o país tendo três ministros da economia em menos de três meses.
O peso argentino é uma das moedas fiduciárias que mais sofreu na América Latina, perdendo mais de 25% em relação ao dólar ao considerar a taxa oficial, e quase 50% de seu valor tomando como referência as taxas de câmbio “azuis” não oficiais.
O fraco desempenho da economia argentina levou seus cidadãos a explorar formas alternativas de manter seu poder de compra contra a inflação e a considerar o Bitcoin e stablecoins como investimentos alternativos à moeda local.
Embora a Argentina não esteja mais entre os 10 principais países com maior adoção de criptomoedas, de acordo com a Chainalysis, a adoção continua crescendo.
A recente pesquisa realizada pela Bitso, uma exchange de criptomoedas com sede no México, indicou que há um alto nível de conscientização sobre criptoativos na Argentina.
A pesquisa constatou que 83% conhecem criptomoedas, sendo que quase 34% possuem conhecimento específico sobre essas ferramentas.
Além disso, 10% já possuíram ou atualmente possuem criptoativos como parte de seu portfólio de investimentos, enquanto quase 23% desejam tê-los no futuro.
A província de Mendoza, na Argentina, agora suporta stablecoins como opção para pagamentos de impostos, anunciou o governo da região nas últimas semanas.
A Administração Tributária de Mendoza (ATM) está dando a seus cerca de dois milhões de moradores mais opções de pagamento online para seus impostos, em um esforço para avançar em direção à “modernização e inovação”, segundo o site do governo.
Em um documento de 11 páginas descrevendo o novo processo de pagamento com criptoativos, as stablecoins USDT da Tether e DAI da MakerDAO são mostradas como duas opções de pagamento possíveis.
Os pagadores de impostos podem usar suas carteiras de criptomoedas Binance, Ripio, Buenbit, Bitso, Lemon ou Bybit, entre outras.
Qual sua opinião? Deixe na seção de comentários abaixo.
Leia mais: Estados Unidos bane Tornado Cash, mixer do Ethereum