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Inflação não vai embora e gasolina vai para lua, diz Peter Schiff

Peter Schiff - inflação

O economista americano Peter Schiff, um entusiasta do ouro conhecido por prever a crise de 2008, está fazendo constantes alertas sobre o aumento da inflação que, segundo ele, vai aumentar ao decorrer de 2022.

“O Fed insiste no fato de que acredita que a taxa de inflação cairá, que a escassez de oferta se dissipará e que os gargalos serão desobstruídos. E assim, não haverá tanta inflação em 2022 como havia em 2021. A realidade é que haverá mais.”

Peter destaca que um aumento suficiente da taxa de juros para conter a inflação tornaria os Estados Unidos insolvente, incapaz de arcar com os custos da sua dívida, que ultrapassou recentemente US$ 30 trilhões.

Como consequência, a única alternativa para evitar o colapso do governo federal seria reduzir os gastos do estado ou continuar com a sua política monetária que causará inevitavelmente inflação.

E ao que tudo indica, especialmente com os democratas na liderança do governo, não há nenhum sinal de que haverá alguma austeridade fiscal significativa para conter este cenário catastrófico.

“Quando a Dívida Nacional atingir US$ 30 trilhões, se um aumento no IPC forçar as taxas de juros a subir para 10% (as taxas atingiram 20% em 1980), os juros sobre a dívida logo excederiam toda a arrecadação de impostos federais. Isso significa que um orçamento equilibrado exigiria que todos os outros gastos federais fossem eliminados!” – Afirmou Schiff.

Aumento do petróleo

Segundo o economista, este cenário vai impactar diretamente o preço do petróleo, matéria prima para a produção de gasolina e uma série de bens de consumo.

“Meu ponto é que o dólar tem muito espaço para cair e as taxas de juros têm muito espaço para subir antes que possamos quebrar a espinha do mercado altista do petróleo.

Acho que quando o Fed começar a aumentar as taxas de juros, elas não chegarão perto de 6,25%. Não vamos conseguir taxas altas o suficiente para começar a impactar a demanda por petróleo ou dobrar a curva de inflação.

E o dólar tem um longo caminho para cair. E à medida que cai, isso vai pressionar os preços do petróleo para cima.”

Os efeitos da inflação vão se alastrar por toda a economia global, aumentando o custo de vida e de produção de bens de consumo em um efeito que se retroalimenta, algo semelhante ao que ocorreu nos anos 70 em boa parte do mundo.

Contudo, um aumento dos juros semelhante ao dos anos 70 e 80 tornaria a maior parte dos estados e governos insolventes, incapazes de manter o tamanho da máquina pública

“E, claro, eles vão pagar muito mais dinheiro por muito mais coisas. Não serão apenas os preços da energia que vão subir. Todo o custo de vida está subindo. E esse é o grande problema.

Não importa se o Fed aumenta as taxas. Porque não vai criá-los o suficiente. A inflação vai piorar, não importa o que o Fed faça, porque o Fed não tem a vontade política de realmente aumentar as taxas o suficiente para combater a inflação.

Assim, os mercados estão se preparando para a luta. O que eles não estão se preparando é que o Fed vai perder a luta – que a inflação vai vencer.”

Qual sua opinião sobre as falas do economista? Deixe na seção de comentários abaixo.

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