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Irã devolve equipamentos apreendidos de mineradoras

Quase 10 mil máquinas de mineração encontradas em escolas e mesquitas foram confiscadas no Irã

A Organização de Coleta e Venda de Propriedade Estatal do Irã (OCSSOP) começou a devolver aos mineradores alguns dos dispositivos de mineração apreendidos em ataques a fazendas de criptomoedas subterrâneas. 

O órgão foi ordenado a fazê-lo por tribunais iranianos, informou o jornal de negócios em inglês Financial Tribune.

Citado pelo Ministério de Assuntos Econômicos e Finanças do país, o chefe da organização, Abdolmajid Eshtehadi, detalhou:

“Atualmente, cerca de 150.000 [unidades de] equipamentos de mineração cripto são mantidos pelo OCSSOP, grande parte dos quais serão liberados após decisões judiciais. As máquinas já foram devolvidas.”

O funcionário elaborou ainda que a Companhia de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia do Irã (Tavanir) deve apresentar propostas sobre como fazer uso do hardware de mineração sem causar danos à rede elétrica nacional.

O Irã legalizou a mineração de criptomoedas em julho de 2019, mas desde então interrompeu as operações autorizadas de cunhagem de moedas em várias ocasiões, citando escassez de energia durante os meses de verão e inverno.

As empresas que desejam minerar legalmente são obrigadas a obter licenças e autorizações de importação do Ministério das Indústrias, Mineração e Comércio. 

Os dispositivos devem ser aprovados pela Organização Padrão do Irã e os mineradores são obrigados a pagar pela eletricidade com taxas de exportação.

A cunhagem de criptomoedas usando gás natural ou eletricidade destinada a outros fins e consumidores é ilegal no Irã. 

Mas as instalações de mineração subterrânea alimentadas pela energia mais barata e subsidiada vêm crescendo em número, evitando o licenciamento que as obrigaria a pagar tarifas muito mais altas.

Nos últimos dois anos, a estatal Tavanir cortou o fornecimento de energia a quaisquer instalações de mineração ilegais identificadas, confiscando seus equipamentos e multando seus operadores por danos à rede nacional de distribuição.

Desde 2020, a instituição encontrou e fechou 7.200 fazendas de mineração não autorizadas. 

Em julho de 2022, o órgão prometeu tomar medidas severas contra mineradores de criptomoedas não licenciados.

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