O co-fundador da Terraform Labs, Daniel Shin, compareceu ao tribunal na sexta-feira, em uma audiência para decidir se deveria ser preso por supostamente extrair lucros ilegais antes do colapso do ecossistema Terra.
De acordo com o Korea Times, Shin é acusado de vender um tesouro de US$ 105 milhões em tokens LUNA da Terra pelo preço de pico da criptomoeda.
Os tokens foram pré-emitidos sem que os investidores regulares fossem informados do fato. O tribunal decidirá se aprova a prisão de Shin na sexta ou no sábado, com os promotores argumentando que a criptomoeda LUNA da Terra constitui um título de investimento financeiro.
Shin afirmou que mais de 70% de suas participações na LUNA foram vendidas antes do aumento do preço e que ele ainda possuía uma quantia significativa no momento da queda da criptomoeda.
Junto com Shin, sete outros investidores iniciais e engenheiros da Terraform Labs também são citados no mandado.
De acordo com a agência de notícias local JTBC, um dos acusados trabalhava para a Kernel Labs, uma empresa criada por ex-desenvolvedores da Terra.
As autoridades sul-coreanas emitiram um mandado de prisão para o CEO e cofundador da Terraform Labs, Do Kwon, em setembro, com Kwon alegando que ele “não está fugindo”, apesar de ter sido objeto de um aviso vermelho da Interpol.
Em outubro, seu passaporte foi anulado pelas autoridades sul-coreanas.
Os problemas legais de Do Kwon continuaram a aumentar, com uma ação coletiva de US$ 57 milhões movida contra o cofundador da Terra no final de outubro.
O ecossistema Terra implodiu em maio de 2022, acabando com cerca de US$ 40 bilhões dos fundos dos investidores em semanas.
O colapso causou ondas de choque no mercado cripto, com o preço do Bitcoin e outras criptomoedas caindo e, finalmente, levando à falência de credores, incluindo Celsius, Voyager e BlockFi, e o fundo de hedge Three Arrows Capital.
Empresas de análise de blockchain, incluindo Nansen e Glassnode, também relataram que o colapso da Terra levou à queda da agora falida exchange cripto FTX.