Kraken, uma das maiores exchanges de criptomoedas dos EUA, vai dar US$ 1.000 em bitcoin para cada cliente ucraniano que abriu uma conta na plataforma antes de 10 de março.
A iniciativa foi projetada para ajudar os necessitados depois que a Rússia lançou sua “operação militar especial” no país.
Além disso, a exchange distribuirá US$ 1.000 em créditos de taxas para garantir que os clientes possam fazer conversões sem nenhum custo.
No geral, a empresa afirmou que doará mais de US$ 10 milhões em ativos digitais para cidadãos ucranianos afetados.
A Kraken espera que isso seja visto como um compromisso com o povo ucraniano, uma vez que a empresa se recusou a encerrar as atividades em território russo.
Jesse Powell – CEO da plataforma – comentou:
“Esperamos continuar sendo capazes de fornecer serviços financeiros críticos em um momento de necessidade para nossos clientes na Ucrânia e na Rússia.
A criptomoeda continua sendo uma importante ferramenta humanitária, especialmente em um momento em que muitos ao redor do mundo não podem mais confiar em bancos e custodiantes tradicionais.”
Posteriormente, a Kraken explicou que a doação de US$ 10 milhões equivale ao total de taxas de negociação pagas pelos clientes russos nos primeiros meses de 2022.
Reação das exchanges
Em meio à invasão russa, o vice-primeiro-ministro Mykhailo Fedorov instou as principais plataformas de cripto-ativos a bloquear os endereços de usuários russos.
No entanto, Binance argumentou “as criptomoedas devem fornecer maior liberdade financeira”, e tal movimento poderia se opor ao conceito da indústria.
A empresa também afirmou que a maioria dessas contas pertence a indivíduos “inocentes” que não têm relação com a guerra.
Kraken adotou uma postura semelhante ao descrever o bitcoin e as altcoins como a personificação dos valores libertários.
Como tal, seria um erro congelar as contas de todos os clientes russos, disse Powell.
A Coinbase, por outro lado, bloqueou 25.000 endereços russos conectados a indivíduos supostamente envolvidos em atividades ilegais.
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