O ex-diretor de tecnologia da Coinbase, Balaji Srinivasan, afirmou acreditar que o governo dos EUA pode tentar usar gigantes da tecnologia para roubar criptomoedas dos cidadãos.
Srinivasan apontou que os governos mundiais podem estar falidos em uma década e desesperados para apreender bitcoin para financiar suas operações.
Ele mencionou que o governo dos EUA provavelmente não terá capacidade para executar um ataque de 51% ao Bitcoin. Um ataque de 51% ocorre quando um minerador ou pool de mineração ganha mais de 50% da taxa de hash da rede para reescrever o registro e gastar o dobro das transações anteriores.
Srinivasan mencionou que a China poderia conseguir um ataque de 51% no passado, mas observa que a maior parte da mineração ocorre fora das fronteiras chinesas agora, tornando esse resultado menos provável.
O ex-CTO da Coinbase diz que os verdadeiros “riscos sistêmicos” para as criptomoedas são as gigantes da tecnologia:
“Em vez disso, o governo federal pode tentar obrigar as big techs (e outras empresas de tecnologia) a procurar chaves privadas nos servidores, dispositivos e navegadores que controlam. E remeter quaisquer fundos roubados a um governo federal faminto por dinheiro.
Isso não é ciberterrorismo, é ciberguerra. Não é um hacker aleatório que consegue roubar um arquivo. É quando o CEO de uma empresa dá a ordem legal de hackear seus clientes. Isso é semelhante ao que aconteceu com 140 milhões de russos designados como inimigos do estado no início de 2022 – todas as empresas de tecnologia se voltaram contra seus ex-clientes”.
Em março, Srinivasan fez barulho no mundo das criptomoedas depois de fazer uma aposta de um milhão de dólares de que o Bitcoin dispararia para US$ 1 milhão em apenas 90 dias em resposta à falência de bancos e à hiperinflação.
O BTC estava sendo negociado em torno de US$ 27.000 no momento de sua aposta e estava sendo negociado a um preço semelhante no início deste mês.
Srinivasan então afirmou que apenas fez a aposta para levantar o “alarme público” sobre as políticas monetárias do Federal Reserve dos EUA.