Vários representantes do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, disseram esta semana que mais aumentos nas taxas de juros são necessários para conter a inflação.
Seus comentários seguiram uma declaração semelhante do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que disse na terça-feira que aumentos adicionais nas taxas de juros serão necessários para esfriar a inflação.
Em um evento organizado pelo Joint Center for Policy and Economic Studies na quarta-feira, a governadora do Fed, Lisa Cook, declarou:
“Estamos determinados a reduzir a inflação para a nossa meta… Portanto, acho que ainda não terminamos de aumentar as taxas de juros e precisaremos manter as taxas de juros suficientemente restritivas.”
“Agora estamos avançando em etapas menores”, acrescentou Cook. “Isso nos dará tempo para avaliar os efeitos de nossas ações rápidas na economia.”
Após uma série de aumentos de 75 pontos-base nas taxas no ano passado, o Federal Reserve elevou sua taxa básica de juros em 25 pontos-base na semana passada, para 4,5%-4,75%.
Citando o relatório de empregos de janeiro mostrando o crescimento da folha de pagamento não agrícola de 517.000, o governador do Fed, Christopher Waller, disse na quarta-feira na Arkansas State University Agribusiness Conference:
“Estamos vendo que o esforço começa a valer a pena, mas ainda temos que ir mais longe. Pode ser uma luta longa, com taxas de juros mais altas por mais tempo do que alguns esperam atualmente. Mas não hesitarei em fazer o que for necessário para realizar meu trabalho.”
O presidente do Fed de Nova York, John Williams, disse em um evento do Wall Street Journal na quarta-feira que a mudança para uma taxa de fundos federais entre 5,00% e 5,25% “parece uma visão muito razoável do que precisaremos fazer este ano”.
Além disso, o presidente do Federal Reserve de Minneapolis, Neel Kashkari, disse na CNBC na terça-feira:
“Temos um trabalho a fazer. Sabemos que o aumento das taxas pode conter a inflação. Precisamos aumentar as taxas de forma agressiva para colocar um teto na inflação, então deixar a política monetária agir na economia”.