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McDonalds começa a aceitar bitcoin como pagamento

McDonalds - Bitcoin

As criptomoedas estão caindo cada vez mais no gosto não só do investidor, como também do consumidor comum, que vê um grande potencial no tipo de transação protegida pela tecnologia do blockchain. E após o último dia 07 de setembro, em que o governo de El Salvador implementou o bitcoin como moeda oficial, vários estabelecimentos do país passaram a aceitá-la como forma de pagamento, incluindo os gigantes da indústria de fast food McDonald’s e Panda Express.

Atualmente, existem inúmeras opções de franquia em diversos nichos, e o McDonalds, uma das franquias mais estabelecidas do mercado, está explorando o setor das criptomoedas com o novo anuncio de El Salvador.

Todos os 19 restaurantes do McDonald’s em El Salvador formaram parcerias com o processador de pagamentos OpenNode, que permite que o bitcoin seja usado tanto nos estabelecimentos da empresa quanto online e por meio do aplicativo de entrega. E aparentemente não serão somente essas duas grandes empresas americanas a adotarem a moeda. De acordo com Ryan Flowers, porta-voz da OpenNode, a sua equipe estaria “integrando, atualmente, várias empresas multibilionárias com base em El Salvador”.

Os residentes do país já podem pagar impostos e dívidas com a criptomoeda, e empresas serão gradualmente obrigadas a aceitarem pagamentos nela, além do dólar americano. Ao redor do mundo, companhias já podem escolher se aceitam a criptomoeda, e aquelas que o fazem são consideradas à frente do seu tempo. Além dos e-commerces, até mesmo algumas casas de apostas aceitam bitcoin, permitindo que os seus usuários façam transações de uma maneira mais segura e controlada.

Correção após o anúncio

Contudo, logo após o anúncio de que El Salvador tornaria o bitcoin a sua moeda oficial, o mercado passou por uma forte correção após ter arrancado no final de semana anterior, chegando a cair mais de 10% cumulativamente em apenas 24 horas. Para se ter uma noção da queda, no fim da noite de segunda-feira, um dia antes do anúncio do presidente de El Salvador, a moeda valia US$52.850. Na corretora de criptomoedas Binance, o preço do bitcoin caiu de US$53 mil para US$42,8 mil. Já na Huobi, investidores poderiam comprar a moeda por menos de US$40 mil.

Na quarta-feira (8), os preços voltaram a se estabilizar, e o bitcoin registrou perdas de 1,74%, sendo cotado a US$46.121. Mesmo assim, suspeita-se que El Salvador tenha começado uma tendência que se repetirá pelo mundo inteiro.

O presidente Nayib Bukele comentou em um tweet que é preciso “quebrar os paradigmas do passado”. El Salvador tem o direito de avançar rumo ao primeiro mundo”. Um dos objetivos do governo de Bukele é economizar com as taxas de transação sobre recursos recebidos do exterior. Ele afirma que o uso da criptomoeda poderá economizar US$400 milhões (R$2,1 bilhões) por ano à nação, já que a economia salvadorenha depende das remessas vindas do exterior.

E quanto a outros países?

De acordo com Charles Hoskinson, co-fundador da Ethereum e criador da Cardano, a tendência é que outros países adotem as criptomoedas como oficiais. Já o ex-administrador de sistemas da CIA, Edward Snowden, afirmou que é importante que mais governos sigam o mesmo caminho. Em um post no Twitter, ele comentou: “O bitcoin foi formalmente reconhecido como uma moeda de curso legal em seu primeiro país. Para além das manchetes, agora existe pressão sobre as nações concorrentes para que também adquiram bitcoin – mesmo que apenas como um ativo de reserva – já que o seu design incentiva massivamente a sua adoção antecipada. Os que chegarem atrasados podem se arrepender da hesitação”.

Porém, até agora não há nenhuma outra nação que tenha adotado alguma criptomoeda como oficial. Especialistas acreditam que talvez demore para que isso aconteça, devido a sua natureza volátil e à imprevisibilidade do que podem causar. É possível que os governos estejam aguardando para que o blockchain amadureça antes de impor esta tecnologia à indústria e população.

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