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Mercados de assassinato com bitcoin poderiam acabar rapidamente com a guerra

Por João Victor
13/03/2022
Mercados de assassinato - Bitcoin (BTC)

O escritor e libertário Tim Bell, descrito pela Revista Wired como “um dos ensaístas mais famosos da Internet”, relatou em 1997 que, após a criação de um dinheiro criptográfico nativo da internet –como o Bitcoin (BTC)– surgiriam os primeiros mercados descentralizados de assassinatos do mundo.

Bell descreve em 10 artigos intitulados Assassination Politics (Políticas de Assasinato), como estes mercados poderiam funcionar.

Leia mais: Mercados de apostas descentralizadas de morte preocupam políticos e governos

Inicialmente, a cabeça de ditadores, déspotas e psicopatas poderiam ser colocadas a prêmio, semelhante à jurisdição do Velho Oeste americano, onde havia recompensa para criminosos; “Procurado vivo ou morto”.

O prêmio poderia facilmente ser levantado em uma arrecadação de fundos voluntária feita em criptomoeda. Quantas pessoas estariam dispostas a pagar o equivalente a $10 dólares para ver o ditador do seu país morrer? Talvez milhões.

“Considere como a história poderia ter mudado se tivéssemos sido capazes de “derrubar” Lenin, Stalin, Hitler, Mussolini, Tojo, Kim Il Sung, Ho Chi Minh, Aiatolá Khomeini, Saddam Hussein, Moammar Khadafi e vários outros, juntamente com todas as suas substituições, se necessário, tudo por uns míseros milhões de dólares, em vez dos bilhões de dólares e milhões de vidas que as guerras subsequentes custaram.” – Tim Bell.

A recompensa seria concedida então para quem conseguisse “prever” com exatidão o dia da morte da pessoa com a cabeça a prêmio. Normalmente, esta pessoa seria o próprio assassino.

O pagamento seria efetuado em criptomoeda, de forma que não fosse possível identificar quem recebeu o prêmio.

Guerra entre Rússia-Ucrânia

Caso já houvesse um mercado como este em estágio mais avançado de confiança e liquidez, a cabeça de Vladimir Putin certamente já estaria a prêmio.

Decerto, muitas pessoas poderosas hoje já tem interesse que o pseudo-ditador russo desapareça. Contudo, permitir o pagamento anônimo a qualquer pessoa próxima o suficiente para consumar o ato –como funcionários, amigos ou familiares–, aumenta exponencialmente a chance de um eventual ataque.

O mesmo poderia ocorrer com Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, que tiranicamente impediu a saída de homens do país, bem como com políticos e funcionários de alto escalão do governo russo e ucraniano que estão compactuando com essas ações.

“Na pizzaria Village, enquanto eles estavam sentados para comer um pepperoni, Dorothy perguntou a Jim: ‘Então, em que outras invenções você está trabalhando? Jim respondeu: 

‘Tenho uma nova ideia, mas é realmente evolutiva. Literalmente REVOLUCIONÁRIO.’ 

“Certo, Jim, qual governo você está planejando derrubar?”, ela perguntou, brincando.

‘Todos eles’, respondeu.”

Problemas a serem resolvidos

Para a criação de um mercado como este, será necessário a resolução de algumas questões fundamentais. É necessário que o bitcoin possua mais anonimato e fungibilidade, algo que deve ocorrer nos próximos anos com atualizações e soft forks.

O Taproot, a última grande atualização da rede Bitcoin, foi mais um passo em direção a tornar as transações mais difíceis de serem rastreadas.

Quando isso ocorrer, e surgir um mercado que demonstre confiança e tenha sucesso nos seus primeiros casos de uso, como por exemplo, permitindo o assasinato de algum ditador de país de  pequeno porte, certamente isso atrairia a atenção e financiamento de todo o mundo.

Gostou? Considere doar alguns satoshis para este humilde bitconheiro: 1BxmvJGdfPWFoXa6qQpk9FafmLT6BKxFJB

Um mercado de assassinatos pago em bitcoin poderia potencialmente acabar com centenas de conflitos de déspotas ao redor do mundo de uma maneira muito mais eficiente e menos custosa.

Leia mais: Lugano, na Suíça, segue El Salvador e adota Bitcoin como moeda legal

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