De acordo com os analistas do banco Morgan Stanley, as criptomoedas vão continuar a existir mesmo com a criação de moedas digitais emitidas pelos bancos centrais. Os CBDC’s são diferentes das criptomoedas.
As moedas digitais apoiadas pelo governo (CBDC) provavelmente representam o maior risco para as moedas estáveis. Para o economista-chefe do Morgan Stalney, Chetan Ahya, “as criptomoedas ainda existirão, pois continuarão a servir a outros casos de uso”.
“Por exemplo, algumas criptomoedas podem funcionar como reserva de valor. Já que alguns segmentos do público não confiam plenamente nas moedas fiduciárias”, finaliza o economista-chefe.
Diferença entre criptomoedas e CBDCs
Para o banco Morgan Stanley as criptomoedas são mais semelhantes às reservas de valores, como o ouro e outros ativos especulativos. Do outro lado, as moedas digitais emitidas pelos bancos centrais são mais semelhantes aos meios de pagamento.
Para o banco, os únicos que podem estar em risco são as stablecoins, que são tokens que representam outros ativos mais estáveis. Por exemplo, a Diem, projeto de criptomoeda do Facebook.
A criptomoeda Diem planeja lançar o ativo ainda este ano. A moeda terá ligação ao dólar, mas ainda não há informações oficiais. A Diem será o novo nome do antigo projeto Libra do Facebook, que deveria ser a criptomoeda da famosa rede social, mas não deu certo.
Por fim, o relatório aponta que os CBDCs seriam bem diferentes das criptomoedas, pois os bancos centrais não usariam um sistema de segurança descentralizada ou a tecnologia blockchain.
Investimentos em criptomoedas crescem
Além disso, o relatório aponta que os investimentos em criptomoedas estão crescendo. Cada vez mais pessoas estão buscando ‘razões’ para investir no ativo digital. Cada vez mais investidores estão vendo o bitcoin (BTC) como uma nova classe de ativo institucional, em vez de um sistema de pagamento substituto.
Outro ponto é o aumento do interesse dos investidores em criptomoedas como forma de fugir da inflação, à medida que buscam ativos de alto rendimento em meio a baixas taxas de juros.
Enquanto isso, os investidores institucionais estão comprando bilhões em criptomoedas. Além de aceitar o bitcoin como forma de pagamento. Empresas grandes como MicroStrategy, Tesla, etc, estão acrescentando o BTC em seus portfólios.