A MicroStrategy, a maior detentora corporativa de Bitcoin (BTC) do mercado, reportou um prejuízo de US$ 123 milhões no trimestre. Notavelmente, o prejuízo esteve ligado à perda de valor não realizada nos bitcoins da companhia, que totalizam 226.500 moedas.
Ainda assim, as ações da companhia passaram por uma alta de 4%, indicando confiança do mercado na estratégia da empresa. No segundo trimestre, a MicroStategy realizou a compra de mais 12.222 moedas, com o preço na faixa de US$ 65 mil.
A MicroStrategy começou a acumular bitcoin por volta de 2020 como uma reserva de valor. As compras foram motivadas pela perda de poder de compra do dólar americano. Após converter todo o seu caixa, a MicroStrategy começou a se alavancar através de empréstimos.
Após passar por um longo mercado de baixa, a posição da MicroStrategy voltou a ser positiva. Michael Saylor explicou no passado as motivações da empresa na aquisição da principal criptomoeda:
“Bem, em primeiro lugar, temos uma empresa de software gerando caixa, mas se simplesmente colocássemos o dinheiro em moeda fiduciária e ele desvalorizasse 15% ao ano, estaríamos perdendo no balanço patrimonial tanto quanto geramos a partir do P&L (Profit & Loss statement, ou Demonstrativo de Lucros e Perdas).
Então isso não fazia sentido. Por outro lado, as preocupações tradicionais com o Bitcoin eram que ele poderia ser hackeado, poderia ser copiado, poderia ser banido e, após uma década, não havia sido hackeado, ninguém conseguia copiá-lo, e [ele] não vai ser banido.
Portanto, embora as pessoas considerem isso volátil, talvez seja volátil na primeira década; na próxima década, não parece que será tão volátil.”
A MicroStrategy vem incentivando diversas empresas de capital aberto a acumular bitcoin. Recentemente, a empresa japonesa Metaplanet começou a acumular a criptomoeda, seguindo a mesma estratégia de endividamento da MicroStrategy.