A mineração de Bitcoin e de criptomoedas é atualmente a indústria com o maior percentual de uso de energias verdes e renováveis do mundo, mostram novos dados do mercado.
A mineração de criptomoedas é uma atividade com alto consumo de energia. Esta indústria consome atualmente mais eletricidade que grandes países, como a Argentina. A mineração já foi muito criticada no passado por seu suposto alto impacto ambiental e consumo energético.
No entanto, as fontes de energia que alimentam as mineradores são provenientes de locais onde a eletricidade é abundante, sendo em muitos casos desperdiçada. Além disso, a mineração está se concentrando cada vez mais no uso de energias limpas, como mostra recente estudo.
Conforme relatado, cerca de 52,6% da mineração no mundo ocorre com energias renováveis. Segundo o estudo, o setor bancário é o que mais se aproxima desta métrica, com 39,2%. A indústria de mineração de ouro, por sua vez, utiliza apenas 12,8% de energias renováveis.
O analista de tecnologia climática, Daniel Batten, comentou recentemente em seu Twitter sobre a importância da mineração para no mercado de energias sustentáveis:
“Eu não comecei como um defensor do Bitcoin, mas me tornei um. Minha conclusão: Provavelmente nunca houve uma tecnologia mais importante para nossas chances de mitigar as emissões descontroladas de metano, permitindo a transição renovável e dando soberania financeira a mais de 4 bilhões de pessoas“.
Saída da China e da Tesla
Até maio de 2021, a China era o país com a maior concentração de mineradores do mundo. Mais da metade do poder de hash do Bitcoin estava no país asiático. No entanto, a China baniu a mineração, o que fez o hashrate se espalhar para outros países, como Estados Unidos, Rússia e Cazaquistão.
Este movimento foi, no médio a longo prazo, positivo para o Bitcoin e para a melhoria das métricas de energia renováveis do setor.
No mesmo período, a montadora de carros Tesla parou de aceitar o criptoativo para a compra de carros, citando preocupações com o uso intensivo de energia do setor. A montadora chegou a se comprometer em retomar os pagamentos em bitcoin, assim que o setor se tornasse mais verde.