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Mineradoras funcionando em campos de petróleo na Rússia atingem 85 MW

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As fazendas de mineração de Bitcoin em poços de petróleo na Rússia representam 85 megawatts (MW) de capacidade de energia, estimaram especialistas. 

Os investidores estão considerando projetos para outros 200 MW, apesar das restrições decorrentes das sanções ocidentais, revela um relatório.

Essas fazendas são abastecidas com eletricidade gerada por pequenas usinas de energia que queimam gás de petróleo associado (APG), um subproduto da extração da commodity, que as empresas petrolíferas são obrigadas a descartar. 

Embora não custe quase nada, eles podem vender este recurso, que será monetizado através da mineração.

Os produtores de petróleo russos usam cerca de 17 bilhões de metros cúbicos de APG anualmente para alimentar instalações em locais de perfuração.

Pesquisadores dizem que a mineração de Bitcoin é responsável por 279 milhões de metros cúbicos de consumo no momento, informou o jornal de negócios russo Kommersant, citando o estudo realizado pela Vygon Consulting.

Somente em julho, os ganhos dos mineradores com APG totalizaram 400 milhões de rublos, aproximadamente US$ 6,6 milhões.

A receita anual projetada para julho de 2022 a julho de 2023 a esse preço do bitcoin é de 4,8 bilhões de rublos –perto de US$ 79 milhões–.

De acordo com os analistas, a indústria de mineração com recursos de petroleiras poderia ver um crescimento múltiplo. 

Se 1,6% do gás associado, atualmente queimado, fosse usado para mineração, a renda anual dos mineradores envolvidos dobraria para 2,5 bilhões de rublos. 

Se um terço de todo o APG queimado for dedicado à mineração, o setor poderá aumentar em tamanho 25 vezes e esperar uma receita de até 30 bilhões de rublos por ano.

Ao mesmo tempo, os negócios de mineração da Rússia estão enfrentando desafios devido às sanções impostas pelo conflito na Ucrânia. 

A UE limitou as transações com carteiras de criptomoedas de usuários russos e algumas exchanges internacionais restringiram o acesso dos russos às suas plataformas. 

A Vygon Consulting diz que uma saída possível é registrar uma entidade mineradora em outro país. Isso nem sempre é uma solução viável, como mostra o caso do Bitriver. 

A empresa registrada na Suíça, que é uma das principais operadoras de data centers de mineração na Federação Russa, foi sancionada pelo Departamento do Tesouro dos EUA em abril, em meio a preocupações de que Moscou possa usar a mineração de moedas digitais para monetizar seus recursos energéticos.

Em junho, a mídia russa informou que a Bitriver assinou um memorando de cooperação com a Gazprom Neft, o braço de produção de petróleo da gigante de energia da Rússia, Gazprom, para utilizar eletricidade gerada a partir de gás associado em seus poços. 

A Gazprom Neft começou a lançar projetos piloto para estabelecer data centers com APG em 2019 e agora possui infraestrutura de computação operando em suas empresas em três regiões russas. 

A empresa enfatizou que não se envolve diretamente com moedas digitais, mas fornece energia em excesso para as instalações administradas por parceiros com quem trabalha.

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