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Minerworld: Saiba como está a fazenda de mineração de bitcoin do esquema no Paraguai

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O galpão onde funcionou a fazenda de mineração de Bitcoin do suposto esquema de pirâmide financeira, Minerworld, em Portugal, hoje encontra-se abandonado e disponível para venda apesar dos rumores de que a empresa ainda estaria em atividade no local. As informações são do Cointelegraph.

Segundo a reportagem, embora as operações de mineração da Minerworld, tenham começado na China, em 2017, com mais de 1.200 equipamentos alugados que teriam ‘sumido’ em 2018, a maior parte de suas operações ocorreu com aluguel de máquinas na fazenda de mineração montada no Paraguai.

A fazenda no Paraguai contava com cerca de 300 ASIC, Antminer S9, compradas na China. No entanto, os lucros obtidos com a prática de mineração no local não eram suficientes para sustentar as operações da empresa, e segundo funcionários, Cícero Saad e Hércules Gobbi, principais dirigentes do esquema, não entendiam o suficiente de mineração.

A empresa, que no final de 2018 já contava com diversas reclamações sobre pagamentos não realizados (dos lucros prometidos na pirâmide), desabou depois da suposta tentativa de invasão em sua principal conta na Poloniex, levando a um bloqueio de cerca de 850 bitcoins.

Então, em junho de 2018 depois da operação ‘Lucro Fácil’, deflagrada pela Polícia Federal no Brasil, “clientes foram à fazenda de mineração junto a autoridades paraguaias para recolher uma série de equipamentos do local, como forma de quitar as dívidas que a empresa tinha com eles”.

As operações da Minerworld recomeçaram no mesmo lugar, segundo relatos, e funcionaram até o final de 2018 quando funcionários da empresa no Paraguai reclamaram que todo o BTC minerado ia para o Brasil.

Segundo eles, não sobrava dinheiro para cobrir o custo do funcionamento da fazenda nem para pagar os funcionários ou contas de energia, diz a reportagem.

De acordo com o ex-CEO da empresa, Johnes Carvalho, a pedido do administrador paraguaio da mineradora, ele teria solicitado uma reunião via skype para entrar em um acordo e evitar que todas as máquinas fossem desligadas.  

“Após ajudar solucionar o problema eminente no Paraguai que na minha visão era mais um resultado de decisões muito equivocadas por parte do Saad e Gobbi, entrei em conflito de opinião com Saad e fui “afastado” da empresa pela terceira vez”, declarou à reportagem.

No Brasil, os clientes continuavam sem receber os pagamentos e, em 2019, a fazenda foi fechada.

A matéria revela ainda que Saad estaria agora, em outubro de 2019, a procura de investidores e mineradores para comprar as ASIC que sobraram do esquema.

As autoridades brasileiras continuam investigando o caso da Minerworld, que já teve diversos bens bloqueados, assim como de seus sócios.

As atividades da empresa e de todos os envolvidos está sendo investigada pelo Ministério Público Federal.

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