O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que uma moeda digital mundial deve ser construída para conectar os países, antes que o aumento das criptomoedas faça o mesmo.
Kristalina Georgieva, diretora do FMI, disse que a agência está trabalhando em uma plataforma mundial para moedas digitais do banco central (CDBCs) para permitir transações entre países.
Ela argumenta que, se os CBDCs forem abordados país a país, a necessidade de sistemas globais de pagamentos interoperáveis seria negligenciada e a capacidade dos CBDCs seria subutilizada.
“CBDCs não devem ser proposições nacionais fragmentadas. Para termos transações mais eficientes e justas, precisamos de sistemas que conectem países: precisamos de interoperabilidade.
Por esse motivo, no FMI, estamos trabalhando no conceito de uma plataforma CBDC global”.
Georgieva afirmou que o FMI está pressionando os bancos centrais a concordar com os regulamentos para moedas digitais que possam permitir a interoperabilidade global. Sem uma estrutura, ela diz que o vácuo de pagamentos globais acabaria sendo preenchido por criptomoedas descentralizadas.
Segundo ela, as criptomoedas são uma oportunidade de investimento quando lastreadas em ativos, mas quando não são, são um “investimento especulativo”.
O executivo do FMI afirmou que os CBDCs promoveriam a “inclusão financeira” e tornariam as remessas mais baratas.
Uma pesquisa recente do Cato Institute em colaboração com YouGov sugeriu que a esmagadora maioria dos americanos se opunha à emissão de um CBDC se isso desse ao governo controle sobre como as pessoas gastam seu dinheiro.
Cerca de 68% disseram que eram contra a adoção de um CDBC se isso significasse que o governo poderia ficar de olho em seus gastos, e 68% dizem que não apoiariam um CBDC se eliminasse todas as outras formas de dinheiro.