A Monero (XMR), a principal criptomoeda de privacidade da criptoeconomia, disparou 30% ontem após os planos para nova regulamentação do mercado de criptomoedas puxada pelo Tesouro dos EUA e reiterada por Joe Biden.
Foi definido pelo Tesouro dos Estados Unidos que transações superiores a US$10 mil em criptomoedas devem ser informadas ao fisco.
A medida pode ser enxergada como o primeiro passo para uma regulamentação mais pesada. Contudo, ela só terá validade a partir de 2023.
Desse modo, o governo poderá monitorar a movimentação financeira dos indivíduos através das blockchains pseudo-anônimas, como a do Bitcoin, na qual o histórico de transações de uma carteira pode ser facilmente visualizado através de um explorador de blocos.
Mais privacidade
A Monero, através de um esquema de ofuscação de endereços, impossibilita que terceiros tenham acesso ao histórico de transações e saldo de uma determinada carteira. Sendo isso possível somente a quem detém as chaves privadas para acesso aos fundos.
Dessa maneira, informar em exchanges um endereço de saída impossibilita que o Leviatã fique de olho na sua movimentação financeira, dadas as características da criptomoeda.
Com a notícia, a Monero disparou cerca de 30% ontem. Contudo, ela ainda está bem abaixo da sua máxima histórica após as quedas do mercado.
Como a Monero também utiliza a tecnologia de Proof of Work do Bitcoin, ela também sofreu com as recentes questões ambientais em pauta no mercado.
Por conta das suas características, a Monero é a principal escolha em mercados da Darknet e serviços para lavagem de dinheiro. Certamente essa sua utilidade chamou atenção por parte dos legisladores, que detestam perder impostos.
Após 4 anos de desenvolvimento, o Atomic Swap (Troca Atômica) entre Bitcoin e Monero está em vias de estar disponível para o público.
Essa implementação pode trazer muita liquidez para a criptomoeda que sofre para ser listada em exchanges centralizadas.
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