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MP do Ceará denuncia empresa de criptomoedas por crime contra economia popular

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O Ministério Público do Estado do Ceará entrou com uma denúncia na última terça-feira (27), contra uma empresa de mineração de criptomoedas.

De acordo com o processo n° 3003527-97.2019.8.06.0001, encaminhado ao Criptonizando através de uma denúncia, a empresa MDX Capital Miner Digital Ltda, conhecida no mercado como Credminer, está sendo acusada de cometer crime contra a economia popular.

Mineração e Marketing Multinível

A empresa, que se apresenta como “a 4° maior empresa de Marketing Multinível do Brasil e a 6° maior mineradora de criptomoedas do mundo”, alega que não é necessário conhecimento técnico para lucrar.

A Credminer aluga máquinas de mineração de bitcoin e promete “baixo investimento com alta lucratividade total”.

Também conta com um “programa de afiliados”, no qual os clientes recebem prêmios pela indicação de novas pessoas para alugarem HPM (Poder de Processamento em Mineração) da empresa.

Em seu site, diz se tratar da “primeira e única plataforma no mercado que permite o investimento em arbitragens e mineração de forma compartilhada para geração de patrimônio de forma acessível e segura através das criptomoedas, com alta liquidez, bom histórico de rendimento e atuação global”.

Contudo, o negócio tem diversas queixas de clientes no site ReclameAqui.

Clientes insatisfeitos

Segundo os relatos dos clientes da Credminer, os problemas são muitos: rendimento abaixo do prometido, alteração no valor mínimo para saque sem aviso prévio, bloqueio das contas, quebra de contrato e até impossibilidade de realizar o saque.

Em uma queixa publicada em junho, um usuário alega que está há um ano tentando realizar o saque e não consegue.

“Tem um ano que tento enviar minha documentação e nunca dá certo, não consigo sacar meu dinheiro da Credminer, reenviei há quase um mês os documentos novamente e nada.”

Outro relato, agora dia 13 de agosto, diz que a empresa não paga os rendimentos há 5 meses:

“Não consigo receber dessa empresa meus rendimentos há 5 meses. Estou tentando e nada”, afirma o usuário. “Comprei 41 HPM, quase R$ 13 mil, mas até agora nada, só decepção. Agora tenho que entrar na Justiça para tentar recuperar meu dinheiro.”

Em resposta, a empresa afirmou que não havia nenhuma pendência no CPF do usuário e que todos os rendimentos haviam sido pagos.

O cliente insistiu que não havia recebido nenhum pagamento e a Credminer respondeu que a alegação era falsa e que havia enviado o contato do usuário para o setor jurídico da empresa “para tomar as devidas providências” — texto usado como resposta para várias reclamações.

Em outra denúncia, um usuário alega que a CredMiner tem colocado empecilhos para a realização de saques desde o início do ano, e chegou a comparar a empresa à NegocieCoins, exchange do Grupo Bitcoin Banco, que não paga os clientes desde maio deste ano:

“Alerta: Não invista, a empresa fica anunciando expansão, vão lançar bancos, mas não estão pagando. Tá igual a NegocieCoins, não pagam, mas não abrem mão dos carrões.”

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