O Conselho Nacional de Ulema (MUI) anunciou a proibição do uso de criptomoedas, citando a Sharia, a lei Islâmica. Mesmo que o governo indonésio tenha reconhecido os cripto-ativos como uma mercadoria, ela ainda não pode ser legalizada sob a lei religiosa.
De acordo com os relatórios, o chefe dos decretos religiosos, Asrorun Niam Soleh, afirmou que a rejeição partiu da tese de que as criptomoedas são crivadas de “incerteza, aposta e dano”. No entanto, o presidente da Comissão Fatwa do MUI esclareceu que os ativos digitais podem ser negociados como uma mercadoria se obedecerem à lei Shariah e mostrarem um “benefício claro”.
O anúncio mais recente veio apenas algumas semanas depois que o branch East Java do MUI emitiu uma fatwa contra o uso de criptomoedas. O grupo islâmico citou a volatilidade como o principal problema.
Uma ameaça ao Bitcoin?
O Bitcoin conseguiu retomar uma tendência de alta para US$ 65k após um pequeno recuo. Embora “fatwas” -decisões formais sobre o ponto da lei islâmica dada por um estudioso jurídico qualificado- possa desencadear uma sensação de incerteza no mercado mais amplo, um caso de venda massiva pode não ocorrer tão cedo.
Por um lado, o mercado tem demonstrado um enorme potencial ultimamente e permaneceu à tona na esteira de muitos FUDs. Além disso, a decisão da MUI não é juridicamente vinculativa, embora continue a desfrutar da posição de uma organização financiada pelo governo e seja a principal entidade acadêmica islâmica da Indonésia.
Posto isto, é importante perceber também que o país possui uma das maiores populações muçulmanas do mundo, com cerca de 237 milhões, o que significa mais de 12% do total mundial. Conseqüentemente, o desenvolvimento pode ter um impacto considerável no ecossistema de criptomoedas da Indonésia, que hospeda bem mais de 4,4 milhões de investidores.
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