Pablo Marçal, empreendedor que conta com milhões de seguidores nas suas redes sociais, comentou recentemente sobre o bitcoin em uma de suas palestras. Segundo Marçal, ele não investe em bitcoin, pois prefere ‘ativos reais’.
Pablo Marçal ganhou relevância nacional no ano passado, quando se candidatou à presidência. No entanto, sua candidatura foi barrada pelo TSE. Após isso, ele se candidatou ao cargo de Deputado Federal por São Paulo, onde recebeu 243 mil votos, sendo um dos candidatos mais votados. No entanto, a sua candidatura também foi barrada pelo TSE.
Marçal e o Bitcoin
Marçal fez seus comentários sobre o bitcoin durante a palestra “Como gerar riqueza do zero”. O empresário destacou que no Brasil apenas uma pequena parcela das pessoas são investidoras, em contraste com Estados Unidos e países da Europa.
Além disso, ele ainda afirmou que a pequena parcela dos investidores do Brasil iniciaram por conta do bitcoin.
“Vou te dar os números, na Europa, mais de 70% são investidores. Mais de 55% dos americanos são investidores. No Brasil, 1% são investidores e por causa dessa onda de bitcoin não sei das quantas. Eu não ponho um real nisso”, afirmou.
Marçal afirmou que não está criticando o bitcoin, mas que prefere coisas reais para investir, sem dar muitos detalhes sobre o que exatamente ele considera algo ‘real’:
“Você tá falando mal? Não. Eu gosto de coisa real, por enquanto. Eu tenho diversos negócios, eu só não gosto do cheiro de gente que gosta de fazer falcatrua, esse ‘trem’ eu não mexo e vai ter um monte de gente pra me xingar. Não tem problema nenhum.”
O Bitcoin não é real?
O Bitcoin é a primeira moeda digital descentralizada de sucesso. Por meio de um protocolo de código aberto, semelhante à própria internet, o bitcoin é um dinheiro com propriedades monetárias superiores a qualquer outra moeda já utilizada pela humanidade, como a divisibilidade, escassez, durabilidade, fungibilidade e transportabilidade.
Diferente das moedas de governo, que não são mais lastreadas em ouro (como era no passado), o bitcoin não pode ser criado do nada, como a partir da vontade de um político ou banqueiro central.
A mineração de bitcoin, que muitos consideram o ponto mais concreto para a criação das moedas, consome hoje mais eletricidade do que países inteiros, como a própria Argentina. Este poder computacional é direcionado para proteger a maior rede monetária descentralizada do mundo, por meio de eletricidade, poder de computação, gastos e teoria dos jogos.
Marçal está correto em afirmar que o bitcoin não é real do ponto de vista de ativos físicos, visto que o bitcoin é informação. Mas esta informação cria algo muito mais real e justo do que as atuais moedas de governo inflacionárias.