Ícone do site Criptonizando

NFTs no Bitcoin – Entenda o protocolo Ordinals

Bitcoin Cash (BCH)

Bitcoin Cash (BCH)

Descubra o que é e como funciona o protocolo Ordinals, capaz de cunhar NFTs (Tokens Não Fungíveis) no protocolo do Bitcoin.

No final de 2021, a rede Bitcoin recebeu a atualização Taproot. O soft-fork, dentre outras coisas, permite a execução de contratos inteligentes um pouco mais complexos no protocolo.

Leia mais: Taproot, a maior atualização do Bitcoin em 4 anos, entra em funcionamento

Cerca de 1 ano após a mudança, o protocolo Ordinals foi criado com base no Taproot. A rede permite agora a inscrição de NFTs direto na blockchain do protocolo.

Armazenando dados na blockchain

Armazenar dados na blockchain do Bitcoin não é uma novidade. Na verdade, o primeiro bloco da criptomoeda conta com uma mensagem deixada por Satoshi Nakamoto, em referência a capa do jornal The Times publicada no dia de lançamento do Bitcoin.

“The Times 03/Jan/2009 Chanceler à beira de um segundo resgate para os bancos”.

Ao longo do tempo, diversas informações, como textos, imagens, vídeos e o próprio whitepaper do Bitcoin foram armazenados na blockchain.

Como o Ordinals funciona?

O Ordinals funciona de forma a enumerar satoshis e indexar dados a eles. Um satoshi é a menor unidade de 1 bitcoin. Cada bitcoin é composto por 100 milhões de satoshis. Este nome foi escolhido ao longo do tempo em homenagem a Satoshi Nakamoto, criador da rede.

Leia mais: O que são satoshis? Entenda a menor unidade do Bitcoin

Este processo de associar 1 satoshi a informações do NFT é chamado de inscrição.

Diferente da maioria dos NFTs registrados em redes como o Ethereum, os dados do arquivo são armazenados diretamente nos nós da blockchain. A maioria dos NFTs do Ethereum são apenas links para servidores externos centralizados.

Por conta deste fator, criar um Ordinals pode ser bastante caro, podendo custar dezenas, centenas ou milhares de dólares. Esse alto custo ocorre pois há uma grande concorrência pelo espaço de bloco limitado do Bitcoin.

Confira o bloco de número 791953. Enquanto transações normais ocupam um pequeno espaço no bloco, como pode ser observado abaixo, NFTs podem ocupar o local de dezenas ou centenas de transações.

Bloco do Bitcoin – Fonte: Mempool.Space.

Congestionando a rede Bitcoin

O lançamento dos Ordinals foi tecnicamente um sucesso. Rapidamente, o Bitcoin se tornou a segunda maior rede para criação de NFTs, ficando atrás apenas do Ethereum.

Leia mais: 76 mil NFTs são colocados na blockchain do Bitcoin

Como consequência deste cenário, o Bitcoin ficou congestionado, com centenas de milhares de transações aguardando confirmação na mempool. A mempool chegou a ter mais de 1GB de dados esperando inserção em um bloco.

Em um momento de pico, as transações da rede chegaram a custar dezenas de dólares, um cenário que já é bastante comum na rede Ethereum.

O congestionamento do Bitcoin provocou uma série de discussões sobre os NFTs no Bitcoin, e se eles poderiam ser considerados um tipo de ataque de spam para impedir que transações legítimas fossem processadas.

Muitos também destacaram a importância de se aumentar o tamanho do bloco da blockchain, que não pode ultrapassar muito o limite original de 1 megabyte.

Por outro lado, quando a rede está congestionada com altas taxas, os mineradores são melhor recompensados, o que tende a reforçar a segurança da rede.

Receba artigos sobre Bitcoin e Criptomoedas no seu email

*Obrigatório
Sair da versão mobile