Recentemente, o governo da Rússia criou uma nova legislação para mineradoras de Bitcoin (BTC) e criptomoedas. Como consequência, 150 mineradoras demonstraram interesse em operar no país, conforme destacou Daniil Egorov, executivo da Receita Federal da Rússia.
A nova legislação também estabelece regras para a mineração individual. Os pequenos mineradores poderão exercer atividade sem solicitar autorização desde que não consumam mais que 6 mil kWh/mês em eletricidade.
Egorov destacou os desenvolvimentos:
“Tudo está acontecendo de maneira bastante tranquila e calma. Para mim, isso é até positivo. É uma questão complexa, com vários aspectos. Temos o registro de centros de processamento de dados e o registro dos próprios mineradores.”
“Também há questões envolvendo o Ministério da Energia em relação à gestão energética. É uma situação particular que precisamos aprender a administrar: onde é permitido minerar, onde não é, e onde o sistema elétrico está sobrecarregado. Em algumas regiões, os mineradores usam gás para gerar eletricidade — eles se conectam e produzem energia diretamente a partir do gás.”
Mineração e o Inverno russo
Recentemente, noticiamos que a Rússia baniu temporariamente a mineração de Bitcoin em algumas regiões. A medida tem como objetivo aliviar a pressão sob a rede elétrica durante o rigoroso inverno do país.
A mineração é uma atividade de alto impacto energético. Os principais estudos sobre o setor apontam que a mineração de Bitcoin consome mais eletricidade do que alguns países inteiros, como a Argentina.
A Rússia está se estabelecendo como uma grande região para a mineração de Bitcoin. O clima frio e baixo custo de eletricidade tornam a Rússia um ótimo local para mineradoras de grande porte.