A China ‘controla’ o Bitcoin, mas o Tether ‘controla’ a China

Por mais que não seja literalmente, a China controlar o Bitcoin (BTC) e o Tether (USDT) controlar a China, existe uma conexão muito profunda entre eles.

O país está competindo na guerra fria tecnologia, tendo o comércio de altcoins, transações de stablecoins e mineração de Bitcoin, concentradas no país.

Já o Tether é a criptomoeda mais popular da China, superando o BTC como a moeda digital mais recebida pelos endereços do Leste Asiático em junho de 2020.

Segundo o Ambcrypto, a China e outros países do Leste Asiático contribuíram com 31% de todo o comércio de criptomoedas nos últimos 12 meses.

Cerca de US$80 bilhões é o volume de 24h de criptomoedas existentes, e a maior parte vem do hemisfério oriental. 33% de todo o valor de stablecoins negociadas veio do Leste Asiático.

Ultimamente, este volume tem aumentando, segundo o Chainalysis, o Tether (USDT), está no centro dele.

Nos últimos 12 meses, a participação da Tether nos mercados asiáticos mediu até 92%, enquanto a stablecoin HUSD chegou a 2,7%. Isso só mostra o uso do Tether na China.

Como a maior parte da mineração de bitcoin vem da China, um dos motivos do país “controlar” o bitcoin, o par comercial mais popular é BTC/USDT, Naturalmente, o Tether “controla” a China.

É comum os mineradores trocarem seus bitcoins recém colhidos por USDT, já que a criptomoeda é mais popular na China e a maioria a usa para transações do dia a dia.

A postura severa da China em relação às criptomoedas, também influência esse “controle”. Em outubro de 2019, o presidente Xi Jinping anunciou o CBDC, Yuan digital, uma má notícia para outras criptomoedas.

Em 2017, a China proibiu as exchanges de criptomoedas e isso levou as pessoas a mudarem vigorosamente para métodos mais apaziguadores para superar essa restrição, e o Tether parece ser o mais adequado para isso.

Mas as atividades relacionadas ao bitcoin não foram proibidas “totalmente” pelo governo chinês, já que as criptomoedas atuam como commodity virtual.

Um outro motivo seria a fuga de capital, o valor total enviado do Leste Asiático foi de cerca de US$50 bilhões, segundo o Chainalysis, embora a maior parte não possa ser considerada “fuga de capital”, parte dele poderia muito bem ser apenas isso.

Dois incidentes se destacam. O primeiro foi em 25 de outubro de 2019, quando Xi Jinping anunciou o CBDC, e o segundo em 17 de março de 2020, quando a queda do BTC foi seguida por sinais de reanimação.

Ambos foram desenvolvimentos interessantes, especialmente porque Tether foi visto saindo do país.

Disclaimer
As informações contidas neste artigo são de caráter informativo e refletem a opinião do autor. Não constituem aconselhamento financeiro, jurídico ou de investimento. O mercado de criptomoedas é volátil e envolve riscos. Faça sua própria pesquisa antes de tomar qualquer decisão.

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