Os investidores Naeem Azad, do Reino Unido, e Mihai Caluseru, da Romênia, entraram com um processo contra a ex-atleta olímpica Caitlyn Jenner, acusando-a de comercializar o token JENNER como um título não registrado.
A ação foi protocolada em um tribunal federal da Califórnia e alega que Jenner, junto com sua gerente Sophia Hutchins, induziu investidores desinformados nos Estados Unidos e no exterior a adquirir a criptomoeda sem a devida regulamentação.
O processo aponta que Azad e Caluseru tiveram prejuízos superiores a US$ 56 mil com a compra do JENNER, adquirido nas redes Ethereum e Solana.
Segundo eles, essa perda só ocorreu devido a declarações falsas e omissões feitas pela ex-atleta, que teria falhado em fornecer informações importantes para uma avaliação adequada dos riscos.
Os demandantes afirmam que Jenner violou as leis de valores mobiliários ao não registrar o token na SEC, o que, na visão deles, teria permitido que os investidores soubessem dos riscos e tomassem decisões mais informadas.
A polêmica por trás do token JENNER
Lançado inicialmente na Solana em maio, a altcoin começou a perder credibilidade depois que Jenner e outros envolvidos acusaram o colaborador Sahil Arora de fraude.
Após a controvérsia, o token foi relançado na rede Ethereum, mas logo perdeu praticamente todo o seu valor, atingindo um mínimo histórico de US$ 170 mil, comparado a seu pico de US$ 7,5 milhões.
O processo também aponta que Jenner abandonou o projeto, sem mais promovê-lo.
Logo após o lançamento do token na Solana, Jenner teria feito declarações sobre metas de preço e capitalização de mercado, que se mostraram infundadas depois que Arora decidiu vender grande parte de suas participações.
Segundo a ação, esse risco, que se concretizou, deveria ter sido alertado aos investidores pela própria Jenner.
Além disso, o relançamento do token no Ethereum foi envolto em controvérsias, com a acusação de que Jenner impôs uma taxa de 3% sobre cada transação, informação que não foi divulgada corretamente.
A queixa ainda alega que Jenner se beneficiou financeiramente do token, utilizando seus lucros para financiar a listagem da altcoin em exchanges e prometer recompra dos ativos, promessas que nunca foram cumpridas.