USDT vence Bitcoin em uma métrica

O USDT alcançou a marca de 109 milhões de carteiras on-chain detentoras do token no quarto trimestre de 2024. De acordo com o relatório da Tether, a stablecoin agora supera o Bitcoin (BTC) nessa métrica, além de estar se aproximando do Ethereum (ETH), que é mantido em 128 milhões de carteiras.

A Tether informou que, até o final do terceiro trimestre de 2024, um total de 330 milhões de carteiras e contas on-chain haviam recebido USDT. Esse número não engloba os milhões de usuários que realizam transações exclusivamente em plataformas centralizadas.

Crescimento em mercados emergentes

As exchanges centralizadas desempenham um papel importante na expansão do USDT, com 86 milhões de contas recebendo depósitos da stablecoin on-chain.

No primeiro semestre de 2024, essas empresas atraíram 4,5 bilhões de visitas, sendo que 46% delas vieram de mercados emergentes.

No total, 165 milhões de carteiras estão associadas ao USDT ou têm potencial para serem reativadas. Desse montante, 109 milhões são detentores ativos e 56 milhões são carteiras que foram reativadas anteriormente.

Pequenos saldos têm grande potencial de reativação

A Tether observou que 29% das carteiras que possuem menos de um centavo em USDT já foram reativadas, frequentemente para pagamentos recorrentes.

Esse comportamento é uma tendência observada em mercados emergentes, onde até mesmo pequenos saldos podem ter algum impacto financeiro.

Outro dado relevante é que 18,7 milhões de carteiras mantêm entre um centavo e um dólar de USDT.

Estabilidade no uso e crescimento do USDT

Além disso, 31,5 milhões de carteiras detêm entre US$ 1 e US$ 1.000 de USDT, o que pode ser um indicativo de que muitos usuários estão utilizando a stablecoin como uma forma de poupança.

Domínio da Tether

Em 1º de novembro, 54 milhões de carteiras on-chain possuíam mais de um centavo de USDT, enquanto todas as outras stablecoins juntas somavam apenas 13,8 milhões de carteiras.

O crescimento das carteiras USDT foi de 71% no último ano e 129% no ano anterior. Esse aumento foi impulsionado pela migração para soluções de custódia própria após o colapso da FTX, quando os usuários passaram a buscar mais controle sobre seus ativos.

Em comparação, outras stablecoins tiveram crescimento mais modesto, com 24 delas registrando apenas um aumento de 3% no número de detentores.