Charles Hoskinson, fundador da blockchain Cardano (ADA), sugeriu que pretende trabalhar em uma rede social descentralizada para impedir a censura. Hoskinson criticou o bloqueio do Twitter (X) no Brasil, e classificou o episódio como um ataque à liberdade de expressão.
O X foi recentemente banido do Brasil através de uma decisão judicial. Além disso, foi definido uma multa de R$ 50 mil por dia para quem acessasse a plataforma através de VPNs ou outras ferramentas.
O X, por sua vez, alega que a justiça brasileira vem censurando opositores políticos, uma violação das regras da plataforma.
Mauro Andreli, embaixador da Cardano, participou recentemente de um evento em São Paulo. Andreli destacou que os vídeos do evento não podem ser compartilhados pelos brasileiros devido às restrições impostas.
“Por favor, estendam nossas saudações aos nossos amigos no Brasil, que estão hospedando o workshop em São Paulo. Infelizmente, eles não podem compartilhá-lo devido às restrições à liberdade de expressão após a proibição do X no país”.
Em resposta, Charles Hoskinson descreveu a ação do judiciário como “censura”. Além disso, ele afirmou que pretende financiar desenvolvedores para trabalhar na construção de uma solução descentralizada.
“As consequências da censura e por que a descentralização é importante. Embora o Brasil tenha silenciado nossos irmãos e irmãs no X, o trabalho deles continuará existindo e será importante para todos nós.
Veremos seus representantes na convenção, e mal posso esperar para recrutar muitos brasileiros para nos ajudar a construir uma rede social descentralizada.”
Atualmente, existem alguns projetos de redes sociais descentralizadas disponíveis no mercado, como é o caso da BlueSky e do Nostr, que funciona através da Lighting Network do Bitcoin. Notavelmente, o BlueSky foi financiado por Jack Dorsey, fundador e ex-CEO do Twitter.
No entanto, o efeito de rede de uma plataforma como o Twitter é muito difícil de ser alcançado. Grande parte do valor da mídia social está na rede de pessoas que a utilizam.