Um especialista analisou o vídeo divulgado pela Atlas Quantum, que visava comprovar a existência dos fundos da empresa nas exchanges HitBTC e Gate.io e apontou como pode ter sido feita a manipulação das imagens. As informações são do Cointelegraph.
Na última quarta-feira (2), a HitBTC desmentiu as alegações da Atlas. Já nesta quinta-feira (3), foi a vez da Gate.io, que publicou em sua conta oficial no Twitter que o vídeo divulgado pela empresa é falso.
De acordo com a matéria, a Atlas teria manipulado as imagens do vídeo para mostrar os dados falsos.
O engenheiro blockchain e analista de segurança da informação, Jefrey Santos, que analisou o caso, afirma que existe a “presença de elementos desalinhados” nas imagens, como apontou a HitBTC.
“Isso leva a crer que, ao menos no caso do vídeo da HitBTC, aparentemente houve edição na imagem/vídeo de fato, com um editor de vídeos, após a gravação.”
Outra possibilidade, que foi descartada pelo analista, seria a alteração da estrutura da página do site original através da inserção de “scripts offline no site através de um plugin e criando uma espécie de ‘máscara’” que difere do que seria mostrado online.
O engenheiro afirma que este seria um bom método “não só para gravar o vídeo, como também para quando se pretende trazer clientes a um escritório e mostrar-lhes saldo falso”, diz a reportagem.
Segundo ele, se a Atlas tivesse usado esse segundo método, seria mais difícil identificar a manipulação, já que os elementos da página permaneceriam alinhados.
“Inseriram o conteúdo diretamente no vídeo”, afirma. “Com este outro método, seria possível realizar a falsificação e isso daria até mesmo um melhor resultado. Não ficou claro o porquê de preferirem fazer de uma forma mais difícil, que gera um resultado mais fácil de se identificar como irreal.”