A China tomou uma posição ofensiva contra a indústria de criptomoedas nos últimos meses. Ontem, isso continuou quando a filial de Shenzhen do Banco Popular da China, supostamente atacou 11 empresas por atividades ilegais relacionadas às criptomoedas.
De acordo com o veículo estatal Shanghai Securities Journal, a filial de Shenzhen do PBOC planeja “retificar” as 11 empresas que eram “suspeitas” de “realizar atividades ilegais de moeda virtual”.
O Shanghai Securities Journal também sugeriu que o PBOC realizará um “projeto piloto” com o objetivo de educar os consumidores financeiros sobre tecnologia e prevenir riscos.
Embora o comércio de criptoativos seja ilegal há anos, os mineradores de criptomoedas foram instruídos a encerrar suas operações e partir deste verão. A mudança teve um grande impacto no ecossistema de mineração em expansão na China.
De acordo com os dados da Universidade de Cambridge, a China detinha dois terços da indústria global de mineração no ano passado. Já em abril de 2021, esse valor caiu para menos de 50%.
O PBOC também emitiu um decreto para bancos e outras empresas de pagamento ordenando-lhes que encerrassem qualquer negócio relacionado à atividade. A indústria de balcão (OTC) também foi atingida, com instituições financeiras sendo instruídas a parar de atender a essas plataformas.
Embora muitos na indústria lamentem a recente repressão na China, a postura dura do país pode ter um lado positivo, especialmente no que diz respeito às preocupações com o meio ambiente, visto que o país asiático utilizava principalmente a queima de carvão para a produção de energia nas regiões de mineração.
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