Analistas do Federal Reserve Bank de Minneapolis, instituição do Banco Central dos Estados Unidos, publicaram um artigo instando a proibição ou taxação do Bitcoin, para que os governos possam seguir com déficits fiscais primários permanentes.
O artigo afirma que os governos podem seguir com a estratégia de endividamento, com tanto que o Bitcoin não possa atrapalhar este cenário. A criptomoeda foi descrita como um “papel inútil” que está atrapalhando os governos.
O artigo detalha:
“Em uma economia com mercados incompletos e consumidores suficientemente avessos ao risco, mostramos que o governo pode implementar exclusivamente um déficit primário permanente usando dívida nominal e estratégias contínuas de Markov para déficits primários e pagamentos aos detentores de dívida.”
“Mas esse resultado falha se também houver pedaços de papel inúteis (bitcoin para abreviar) que podem ser negociados. Se houver negociação em bitcoin, então não há estratégia contínua de Markov para o governo que leve à implementação única.”
Para não atrapalhar os governos, os analistas sugerem:
“Uma proibição legal do bitcoin ou um imposto sobre o bitcoin são formas de repressão financeira que podem ser úteis quando a capacidade do governo de usar impostos sobre o consumo é limitada.”
Bitcoin nos Estados Unidos
A proposta dos analistas de uma eventual proibição do Bitcoin é altamente improvável neste momento da história. Dezenas de milhões de norte-americanos possuem exposição ao setor, bem como empresas de capital aberto e outros governos.
A aprovação dos ETFs também trouxe mais clareza regulatória para o setor. Além disso, Donald Trump tem feito uma série de promessas para o mercado nos últimos meses, para caso seja eleito.
No entanto, uma proibição ou confisco de bitcoins poderia ocorrer, como ocorreu com o ouro no passado. A Ordem Executiva 6102 de 1934 foi responsável por proibir o acúmulo de ouro e certificados de ouro nos Estados Unidos. Todo o metal deveria ser devidamente entregue e trocado forçadamente por dólares americanos.
Pouco tempo depois, o governo estabeleceu uma nova paridade de 35 por onça de ouro para o dólar, fazendo o dinheiro de todos se desvalorizar.