O Banco de Compensações Internacionais (BIS) publicou recentemente um relatório pedindo por cautela para os bancos e instituições financeiras envolvidas no mercado de tokenização de ativos financeiros.
A tokenização tem atraído grandes bancos e empresas ao longo dos últimos anos, que estão utilizando as redes blockchain para registrar ativos financeiros variados. No entanto, a instituição alega que a tecnologia pode trazer uma série de riscos regulatórios e de vigilância para o setor.
Tokenização de ativos
A tokenização consiste em registrar em uma rede blockchain bens ou ativos financeiros. Uma vez registrados, estes ativos podem ser movidos de forma semelhante a criptomoedas descentralizadas.
Praticamente tudo pode ser registrado em blockchain, como ações, títulos, commodities e outros bens financeiros. Por sua vez, esta tecnologia traz uma série de vantagens para o mercado, como maior transparência, redução de custos e potencial maior liquidez.
Até mesmo Larry Fink, CEO da BlackRock –a maior gestora financeira do mundo– afirmou que a tokenização é o “próximo grande passo dos mercados financeiros”.
A própria BlackRock é responsável pelo Institutional Digital Liquidity Fund (BUIDL), um fundo tokenizado no Ethereum que investe em títulos do governo dos Estados Unidos.
Preocupações do BIS
O BIS alega que as estruturas de seguros do mercado financeiro podem não se estender para ativos tokenizados em caso de falência devido a falta de clareza regulatória.
Além disso, a instituição aponta que a tokenização dificulta a supervisão e regulação financeira por parte das instituições competentes.
No entanto, o BIS também informou que a tecnologia pode melhorar a eficiência do mercado através da redução de custos de transação:
“A tokenização pode remodelar as estruturas de mercado cortando custos de transação e melhorando os processos de liquidação.