O lendário investidor americano Paul Tudor Jones afirma: o Bitcoin deve estar em todos os portfólios. Em uma entrevista à Bloomberg TV na quarta-feira (11), o cofundador da Tudor Investment Corporation revelou sua estratégia vencedora. Ele defende a combinação de Bitcoin, ouro e ações. Portanto, para Jones, essa mistura é o melhor caminho para combater a inflação e proteger seu capital.
Bitcoin, ouro e ações: o trio imbatível?
“Seria uma combinação de Bitcoin, ouro e ações ajustadas pela volatilidade”, disse Jones. Ele reconhece que as flutuações mais intensas do BTC do que as do ouro exigem uma gestão cuidadosa do tamanho das posições. No entanto, ele acredita que essa combinação “é provavelmente o melhor portfólio de investimentos para combater a inflação”. Jones, que fundou a bilionária gestora de fundos Tudor Investment Corporation, lançou um alerta importante.
Ele preocupa-se com a reforma tributária de Trump, que pode desestabilizar os mercados de ações e títulos no médio prazo. Contudo, Jones prevê que essa pressão levará a cortes nas taxas nos próximos 12 meses. Isso criará um ambiente favorável para o Bitcoin, que tende a prosperar em cenários de taxas baixas.
Movimento dos ETFs e as previsões para o Fed
No final do ano passado, Paul Tudor Jones já explicava seu fervoroso posicionamento como defensor do Bitcoin. Ele afirmava que seu fundo de hedge aumentou significativamente sua exposição ao “ouro digital” por meio do maior ETF de Bitcoin nos Estados Unidos. Na época, a participação da Tudor no ETF de Bitcoin da BlackRock (IBIT) valia US$ 230 milhões.
Em junho de 2024, o fundo de hedge detinha 869.565 ações. Um ETF, afinal, é um veículo de investimento que permite aos investidores comprar ações que acompanham um ativo subjacente, como moeda estrangeira, criptomoedas, ouro ou petróleo.
Olhando para Washington, Jones prevê que o presidente Donald Trump substituirá Jerome Powell. O mandato de Powell como presidente do Federal Reserve (Fed) termina em 2026. Trump colocará um candidato com política monetária ultraflexível.
Entre os nomes notáveis, Jones cita Scott Bessent, atual secretário do Tesouro, e Kevin Warsh, ex-membro do Conselho de Governadores do Fed e defensor das CBDCs. “São nomes fantásticos”, disse Jones, inclinando-se para Bessent devido à sua afinidade com a abordagem e lealdade de Trump. Essas movimentações políticas, portanto, podem moldar o cenário econômico e, consequentemente, o futuro do Bitcoin e de outros ativos digitais.