A gestora brasileira Verde Asset Management decidiu aproveitar o movimento de valorização do bitcoin (BTC) para incrementar sua estratégia de investimentos. Sob a liderança de Luis Stuhlberger, a empresa adotou uma posição na criptomoeda e reforçou sua visão cautelosa em relação ao yuan. A decisão veio antes da eleição de 5 de novembro nos Estados Unidos, que trouxe novamente Donald Trump à presidência.
Desde o pleito, o preço do bitcoin valorizou mais de 25%, ultrapassando a marca de US$ 88 mil. O movimento de alta veio como resultado do apoio de Trump às criptomoedas em sua campanha e pelo otimismo dos investidores sobre um Congresso mais favorável à indústria cripto.
Esse cenário foi percebido como uma janela de oportunidade para a Verde, que, embora não tenha revelado a dimensão exata de seus aportes, vê potencial de ganhos no universo das criptomoedas, em meio à volatilidade do yuan, que sofreu uma queda de 2% desde o início do mês.
Segundo o InfoMoney, em relação ao cenário doméstico, a gestora disse estar cética quanto ao ritmo de avanço das reformas fiscais no Brasil. A empresa apontou que as promessas do governo para uma agenda de mudanças têm, com frequência, superado o que realmente é entregue. Esse contexto pode pressionar o Banco Central a intensificar o ciclo de elevação das taxas de juros.
A carteira da Verde também traz mudanças em outras frentes: a gestora manteve uma postura neutra em relação às ações brasileiras e reduziu sua exposição ao petróleo. Em contrapartida, ela permanece otimista quanto à performance da rupia indiana e adota uma visão cautelosa em relação ao euro.
Em termos de desempenho, o principal fundo da Verde Asset registrou uma leve queda de 0,18% em outubro, enquanto o CDI apresentou um ganho de 0,93%. Além disso, a empresa atualmente administra R$ 19 bilhões.