A recente ordem executiva sobre criptomoedas emitida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode alterar o tradicional ciclo de quatro anos do Bitcoin. Matt Hougan, diretor de investimentos da Bitwise, sugere que essa medida, aliada a mudanças na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), promove a “mainstreamização” das criptomoedas. Permitindo, assim, que bancos e instituições de Wall Street ingressem agressivamente no setor.
Ciclo do Bitcoin está com os dias contados?
Historicamente, o Bitcoin (BTC) tem seguido um ciclo de quatro anos, com quedas significativas em 2014, 2018 e 2022, seguidas de picos nos anos subsequentes. A próxima correção seria esperada para 2026, caso o padrão se mantenha.
No entanto, Hougan acredita que, embora o setor não supere completamente esse ciclo, as futuras correções serão “mais curtas e menos intensas” devido ao amadurecimento do mercado e à diversificação dos investidores.
A ordem executiva estabelece um grupo de trabalho para recomendar uma estrutura regulatória federal para ativos digitais e avaliar a criação de uma reserva nacional. Além disso, proíbe a criação de uma moeda digital de banco central (CBDC) nos EUA. Enquanto isso, líderes do setor veem essa iniciativa como um desenvolvimento positivo e uma mudança significativa na política de ativos digitais do país.
A nomeação de David Sacks como responsável pela política cripto na Casa Branca e a possível criação de uma reserva de Bitcoin são vistas como passos que podem atrair trilhões de dólares em investimentos. Essas ações indicam, portanto, um movimento em direção à legitimação e adoção mais ampla das criptomoedas nos mercados financeiros tradicionais.
Com essas mudanças, o mercado cripto pode estar à beira de uma transformação significativa. Onde as tradicionais flutuações cíclicas do Bitcoin dão lugar a um crescimento mais estável e sustentado. Impulsionado, portanto, pela integração com instituições financeiras tradicionais e por um ambiente regulatório mais favorável.