O governo federal apresentou em Washington a nova Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica (BIP), iniciativa que facilitará a captação de recursos internacionais para projetos voltados à sustentabilidade. O lançamento ocorreu em um evento que contou com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A BIP será um hub para conectar projetos verdes a potenciais fontes de financiamento, tanto públicas quanto privadas. De acordo com Haddad, a plataforma é o resultado de um esforço de um ano e meio por parte do Ministério da Fazenda para criar um marco regulatório e financeiro que viabilize o investimento em iniciativas sustentáveis.
Marina Silva destacou que a BIP é uma extensão do Plano Clima, que orientará a política climática brasileira até 2035. Este plano possui estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Além disso, a plataforma será guiada pelo Plano de Transformação Ecológica, que busca promover uma transição verde na economia brasileira e atingir a neutralidade de emissões de gases de efeito estufa até 2050.
Como os projetos podem se qualificar para a BIP
A plataforma foca em três áreas principais: soluções baseadas na natureza e bioeconomia, indústria e mobilidade, e energia. Dentro dessas áreas, as prioridades são o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis, a recuperação de vegetação nativa e a promoção de energia eólica offshore.
Projetos que se enquadrarem nessas categorias poderão ser cadastrados na BIP e, uma vez aprovados, serão apresentados a bancos multilaterais e fundos de investimento.
Para que um projeto seja aceito, ele deve atender ao alinhamento com planos de transição nacionais, demonstrar um impacto climático de alto valor na redução de gases de efeito estufa, necessitar de capital substancial e oferecer benefícios sociais.