Carlos Bolsonaro, vereador pelo PSC-RJ e filho do atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, divulgou uma notícia um tanto incorreta envolvendo o Bitcoin.
Em sua conta no Twitter, ele disse que Damares Alves, Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, teria bloqueado “dezenas de milhões de reais em Bitcoins para índios no RJ”.
Contudo, a informação é equivocada, já que a ação tomada pela Ministra sob o governo de Jair Bolsonaro, não possui relação alguma com Bitcoin.
A verdade é que um contrato de R$ 44,9 milhões entre a FUNAI e a Universidade Federal Fluminense (UFF) foi suspenso por Damares Alves assim que ela assumiu o ministério.
No entanto, entre as diversas ações previstas no contrato, estava a criação de uma criptomoeda destinada aos índios.
O projeto, na realidade, não tem nada a ver com o Bitcoin, nem com o repasse, utilização ou recebimento da criptomoeda em qualquer âmbito.
Nos últimos tempos foi possível identificar que os membros da família Bolsonaro possuem pouco conhecimento a respeito sobre o assunto.
Durante uma entrevista exibida em 4 de julho no SBT, Jair Bolsonaro disse em rede nacional que “embora não soubesse o que é Bitcoin, a ação da ministra Damares em bloquear Bitcoins para os índios era correta”.
A falta de educação sobre Bitcoin e criptomoedas levou o presidente da república e seu filho, Carlos Bolsonaro, a cometerem o mesmo erro, usando o termo Bitcoin como sinônimo de qualquer criptomoeda.
Por outro lado, isso poderia mudar futuramente, já que as criptomoedas e blockchain parecem estar ganhando mais espaço no governo atual, e agora o Congresso Nacional possui uma “frente” de defesa de assuntos ligados à novas tecnologias.
“Eles apresentam a proposta e nós a discutimos aqui no Congresso”, afirmou o deputado Vinícius Poit (Novo-SP).
Presidido pelo deputado federal João Henrique Caldas (PSB-AL) e coordenado por Poit, o grupo engloba outros 201 deputados e 11 senadores.