A Coinbase pode estar prestes a dar um passo ousado no setor financeiro: tokenizar suas próprias ações. Essa iniciativa, se concretizada, pode redefinir a forma como empresas negociam seus ativos no mercado tradicional e no ecossistema blockchain.
A exchange já demonstrou interesse em expandir seu envolvimento com valores mobiliários tokenizados. Reacendendo, assim, as discussões sobre a regulamentação do setor e o impacto dessa tecnologia na descentralização dos mercados financeiros.
Tokenização de ações: o próximo grande passo da Coinbase?
A possível tokenização das ações da Coinbase marcaria um avanço significativo na integração entre o setor financeiro tradicional e o mercado cripto. A exchange já possui experiência com ativos digitais e um histórico de inovação dentro do setor. Caso a ideia se concretize, investidores poderiam negociar ações da empresa em formato tokenizado, em sua blockchain de camada 2 (L2), a Base.
Além de aumentar a liquidez e democratizando o acesso a ativos tradicionais, ampliaria o número de usuários da L2.
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A tokenização permitiria que investidores comprassem frações das ações da Coinbase, tornando o investimento mais acessível. Além disso, reduziria a burocracia envolvida na negociação de ativos e eliminaria intermediários, tornando o processo mais rápido e eficiente.
Desafios regulatórios e o impacto no mercado
Apesar das possibilidades promissoras, a tokenização de ações enfrenta desafios significativos, especialmente no que diz respeito à regulamentação. Pois a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) sempre adotou uma postura rigorosa. No entanto, a CFO da Coinbase, Alesia Haas, está confiante de que a nova força-tarefa de criptomoedas da SEC pode abrir a porta para a tokenização não apenas das ações da COIN como também de outros títulos.
“Acredito que nossos reguladores agora estão procurando inovação de produtos e procurando avançar”, disse Haas, na Conferência TMT Morgan Stanley.
Além disso, Haas revelou que os planos de tokenização da Coinbase não são novos. A exchange tinha planos de abrir o capital inicialmente emitindo um security token representando seu estoque COIN. Dessa forma alinhando sua visão de integrar blockchain às finanças tradicionais.
No entanto, obstáculos regulatórios e a falta de bolsas nos EUA autorizadas para negociar security tokens, forçaram a empresa a desistir do plano e optar por uma listagem tradicional em abril de 2021.
O futuro da Coinbase e da tokenização
Embora a ideia ainda esteja em fase preliminar, a Coinbase tem um histórico de pioneirismo no setor de criptomoedas. Portanto, sua movimentação em direção à tokenização pode estabelecer um novo padrão para o mercado financeiro global. Se essa inovação for bem-sucedida, poderá remodelar a forma como ações são negociadas e armazenadas, impulsionando ainda mais a adoção da tecnologia blockchain no setor financeiro tradicional.