A dívida nacional do governo dos Estados Unidos alcançou valores acima dos US$ 34 trilhões. Este montante representa mais de US$ 100 mil por habitante. Este movimento de superendividamento pode trazer consequências ainda mais negativas para o dólar americano.
Os governos nacionais possuem normalmente três principais formas de se financiar: cobrar impostos, emitir dinheiro sem lastro e emitir dívidas. A grande maioria dos governos estão atualmente elevando até o limite a sua capacidade de obter recursos.
No entanto, o mercado pode está chegando a um ponto de inflexão, visto que existem limites que impedem o crescimento sem limites do estado. A cobrança de impostos é limitada pela Curva de Laffer. A impressão de dinheiro é limitada pela diluição do valor da moeda que está sendo emitida, e a emissão de dívida é limitada pela disposição dos credores e pelas crescentes taxas de juros que devem ser pagas pelos títulos.
O economista Peter Schiff, que previu a crise financeira de 2008, afirmou ainda em 2020 que uma dívida dos EUA superior a US$ 30 trilhões poderia interromper o funcionamento do governo federal:
“Quando a Dívida Nacional atingir US$ 30 trilhões, se um aumento no IPC forçar as taxas de juros a subir para 10% (as taxas atingiram 20% em 1980), os juros sobre a dívida logo excederiam toda a arrecadação de impostos federais. Isso significa que um orçamento equilibrado exigiria que todos os outros gastos federais fossem eliminados!”
Em meio a este ambiente econômico de perda de poder de compra das moedas de governo, o mercado de criptomoedas surge como uma solução, especialmente para a população mais jovem.
Shiff, que é um crítico do Bitcoin e do mercado de criptomoedas, afirmou que o principal ativo digital poderia ser negociado a US$ 10 milhões, caso os Estados Unidos passe por uma crise inflacionária semelhante à que a Alemanha passou no início do século passado.