A Polícia Federal apreendeu em 2021 durante a Operação Kryptos um notebook, pertencente a Gladson Acácio dos Santos, que ficou conhecido como Faraó dos Bitcoins ao operar a empresa GAS Consultoria.
Segundo informações do Extra, a carteira encontrada possui cerca de R$ 400 milhões em criptomoedas Dash (DASH). No entanto, a senha para se ter acesso a carteira está com Glaidson, que se recusa a informar à Polícia.
“É a minha aposentadoria, doutor”, afirmou Glaidson durante uma negociação.
Esta não é a primeira vez que Glaidson é encontrado com grandes quantidades de criptomoedas. Durante a sua prisão, a PF encontrou 591 bitcoins, estimados na época em R$ 147 milhões.
Mirelis Zerpa, esposa do Faraó dos Bitcoins, conseguiu sacar cerca de R$ 1 bilhão em bitcoin após a prisão de Glaidson. Mirelis se encontra agora foragida.
Conforme relatado pelo Escritório Zveiter, esses bitcoins já foram sinalizados em corretoras como sendo de origem ilícita. Isto deve dificultar o uso dos bitcoins por Mirelis, que precisará anonimizar as moedas através de técnicas de mixagem.
Segundo dados compartilhados pelo Livecoins, mais de 89 mil CPFs e CNPJs esperam por um reembolso do possível esquema.
O poder da auto-custódia
Quando se investe em criptomoedas, é possível terceirizar a custódia de seus ativos a corretoras, fintechs ou bancos. No entanto, é possível realizar a auto-custódia, onde as chaves privadas são geradas e mantidas pelo comprador.
Custodiar suas próprias moedas traz uma série de vantagens de soberania sobre o dinheiro. Por exemplo, só é possível mover as moedas de um determinado endereço com a chave privada e com as senhas utilizadas para criptografar a informação.
A auto-custódia de bitcoin e criptomoedas é bastante semelhante a guardar dinheiro físico ou ouro. A diferença é que você deverá armazenar a informação da chave privada, que pode ser guardada em um pedaço de papel, cofre, chapa de aço inoxidável, ou mesmo digitalmente.