Na semana passada, a Uniswap Labs anunciou o lançamento da Layer 2 Unichain, previsto para ocorrer nas próximas semanas.
O fundador da exchange descentralizada, Hayden Adams, explicou que o objetivo principal da Unichain é unificar as experiências dos usuários, tornando as transações mais eficientes e conectadas.
Ruim para o Ethereum, bom para a Uniswap
Michael Nadeau, fundador do The DeFi Report, enfatizou que a Uniswap Labs poderia economizar até US$ 368 milhões em taxas de liquidação que normalmente seriam destinadas aos validadores do Ethereum. Com o lançamento da Unichain, esse valor poderia ser retido pela exchange descentralizada e pelos detentores do token UNI.
Outro ponto importante é o conceito de Maximal Extractable Value (MEV), que se refere ao valor máximo que pode ser extraído de uma blockchain por meio da manipulação da ordem das transações.
Segundo Nadeau, a Uniswap Labs, ao controlar os validadores da nova Layer 2, terá a oportunidade de capturar uma fração desse valor, estimado em 10% do total de taxas pagas na plataforma Uniswap, o que representou US$ 100 milhões no último ano.
Benefícios para provedores de liquidez e críticas da comunidade
Os provedores de liquidez da Uniswap também devem ser considerados entre os beneficiários dessa mudança, já que poderão participar tanto das liquidações quanto do MEV. O Unichain será construído sobre as Superchain, desenvolvida pela Optimism, o que também poderá gerar vantagens adicionais.
Contudo, essa transição não é isenta de críticas. Alguns membros da comunidade levantaram preocupações em relação à ideia de que o volume de negociação migrará automaticamente para a Unichain.
Além disso, espera-se que tanto os validadores do Ethereum quanto os detentores do token ETH enfrentem desafios, como a redução na quantidade de ETH queimado e nas taxas de liquidação. Redes concorrentes como Arbitrum e Base também podem perder parte de suas receitas e MEV para a Unichain.