De acordo com a Chainalysis, apesar de um aumento na atividade de criptomoedas em 2024, os Estados Unidos estão perdendo seu domínio nas transações com stablecoins. Essa mudança de tendência começou em fevereiro deste ano.
Enquanto os EUA enfrentam esse retrocesso, mercados em regiões emergentes estão se destacando. A Circle, emissora da stablecoin USDC, anunciou que observou um aumento na demanda por ativos atrelados ao dólar em nações que carecem de moedas locais estáveis.
Um porta-voz da emissora de stablecoins disse que quase US$ 1 trilhão em notas de dólar estão fora dos Estados Unidos, representando 45% do total em circulação.
A falta de regulamentação clara nos EUA está impulsionando projetos de stablecoin a buscarem abrigo na Europa, onde o Regulamento de Mercados em Cripto-Ativos (MiCA) entrou em vigor, oferecendo o suporte legal necessário.
Stablecoins crescem na América Latina
A América Latina também está experimentando um crescimento robusto no uso de ativos estáveis.
Entre julho de 2023 e junho de 2024, a região registrou quase US$ 415 bilhões em transações cripto, representando 9,1% do mercado global. O Brasil e a Argentina estão liderando esse fenômeno, com transações em stablecoins em ascensão.
Na Argentina, a demanda por dólares digitais pode ser explicada pela inflação local, que disparou para 143% na segunda metade de 2023, levando a uma desvalorização do peso.
A procura por stablecoins aumentou no país, com volumes de negociação superando US$ 10 milhões em meses críticos.