Joseph Lubin, cofundador da Ethereum (ETH), disse em recente entrevista ao Cointelegraph, que a blockchain da empresa se tornará cerca de 1.000 vezes mais escalável em 18 a 24 meses graças ao desenvolvimento do Ethereum 2.0.
O ecossistema, também chamado de Serenity, terá seu desenvolvimento dividido em quatro fases.
Oito grupos já estão desenvolvendo clientes para a nova blockchain, de acordo com Lubin.
Segundo ele, até o final do ano, estará disponível uma “fase zero totalmente operacional do Ethereum 2.0”.
Essa ‘fase zero’ citada por Lubin, também é chamada de “Cadeia de Sinalização” (ou Beacon Chain), e permitirá que validadores apostem em ETH e votem em propostas de melhoria, ao invés de mineradores.
Esse será um passo importante para levar a Ethereum para longe do sistema tradicional de mineração, e já foi testada por outras empresas, como a Prysmatic Labs.
A empresa revelou na semana passada o lançamento de testes para a Beacon Chain, seguindo os passos da startup Status.
De acordo com o cofundador da Ethereum, os tokens ETH serão capazes de passar da antiga blockchain para a nova, sendo essa uma das várias maneiras pelas quais a Ethereum 2.0 poderá se conectar com a antiga.
“Pode haver mecanismos bidirecionais”, disse ao Cointelegraph.
Otimismo exagerado?
Embora os cofundadores da Ethereum estejam otimistas sobre a transição da antiga blockchain para a Serenity, um analista da Messari, Ryan Selkis, não está convencido.
Para ele, o atual algoritmo de consenso (PoW) do Ethereum 1.0 é “provavelmente muito bom, e talvez até bom o suficiente”, no entanto, a transição para o PoS “levará muito mais tempo do que qualquer um espera.”
A Prova de Stake (PoS), elimina os mineradores de energia para os nodes completos autorizados que podem processar blocos Ethereum.
Selkis afirmou que não acredita que a “PoS e Ethereum 2.0 aconteçam antes do final de 2021, no mínimo.”