Metade das unidades de Ethereum (ETH) mineradas até agora em 2020, foram para investidores institucionais por meio da Grayscale, maior administradora de investimento institucional dos EUA.
Segundo publicação do Decrypt, até a última sexta-feira (24), a plataforma havia adquirido 756.539 ETH, que representa 48,4% de todas as unidades mineradas desde o início do ano. No mesmo período, foram mineradas, ao todo, 1.563.245 ETH.
A empresa, que também é a maior administradora de ativos em bitcoin e criptomoedas do mundo, registrou um recorde de US$600 milhões em investimentos ao longo de 2019, e agora já detém 1,1% de toda a oferta circulante de Ethereum.
Por meio do Grayscale’s Ethereum Trust, investidores institucionais podem comprar títulos que acompanham o valor do ETH com um ágio de 400%, e conseguem exposição à segunda maior criptomoeda por valor de mercado sem ter que realmente possuir qualquer unidade.
Para garantir que o negócio funcione, a plataforma precisa manter grandes quantidades de Ethereum, que está sendo transferida para um novo sistema de Proof of Stake, que distribuirá novas moedas proporcionalmente àqueles que já possuem grandes quantias.
Em 2018, Barry Silbert, fundador do grupo de investimento Digital Currency Group, que controla a Grayscale, disse que o grupo tinha 25% de seu balanço no Ethereum Classic, e que todas as outras criptomoedas além desta e do Bitcoin, Zcash, Decentraland e Zencash chegariam a valer zero – incluindo a Ethereum.
No mês de março, as taxas de transações pagas pelos usuários da Ethereum aos mineradores ultrapassaram o custo de manutenção da rede.
De acordo com uma pesquisa conduzida pelo serviço The Token Analyst, os usuários da rede pagaram 26,100 ETH (quase R$23 milhões) em taxas de transação no mês passado, enquanto a recompensa paga aos mineradores no mesmo período foi de 20.400 ETH (R$17,7 milhões).