No começo do ano, o governo da Etiópia anunciou um projeto para começar a minerar Bitcoin. Agora, o governo expandiu sua operação para 600 megawatts, de acordo com Ethan Vera, cofundador e CEO da mineradora de Bitcoin Luxor.
O governo do país firmou parceria com 21 mineradoras chinesas, que estão utilizando os recursos elétricos ociosos do país.
Evan foi até a Etiópia e visitou as 12 instalações de mineração. O executivo constatou que as operações estão utilizando máquinas de poder intermediário, como o S19J Pro e A1346, que são eficientes em termos energéticos.
Eletricidade ociosa
A principal hidrelétrica da Etiópia é responsável pela produção de 4.9 gigawatts. No entanto, apenas 5% da produção elétrica é consumida pela população. Isto ocorre pois o país não foi capaz construir infraestrutura para levar eletricidade para toda população.
Estima-se que 50% da população do país não tenha acesso a eletricidade. Com a mineração, o país contará com uma nova fonte de renda, que poderá ser utilizada para financiar a construção elétrica necessária.
Por ser uma atividade altamente competitiva, a mineração é realizada em locais onde a eletricidade é abundante. Neste contexto, a Etiópia pode se tornar um grande centro para a mineração da criptomoeda.
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