O Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro prendeu temporariamente o ex-bilionário e ex-empresário Eike Batista nesta quinta-feira (8).
Procuradores encontraram evidências de que ele estaria negociando bitcoin e criptomoedas com fins ilegais.
Segundo publicação da Folha de São Paulo, o MPF suspeita que Eike praticava lavagem de dinheiro e manipulação de mercado usando a exchange BitcoinTrade.
Na operação, intitulada de Segredo de Midas, foram encontradas anotações que continham o login e senha de uma conta em nome da esposa do ex-bilionário, Flávia Sampaio, na exchange brasileira, segundo o jornal.
O juiz Marcelo Bretas autorizou o uso das senhas para acessar as informações e também a prisão preventiva de Luiz Andrade Correia, funcionário de Eike, além de mandados de busca e apreensão em endereços ligados à Thor e Orlin, filhos do ex-empresário.
A investigação é fruto da delação premiada do banqueiro Eduardo Plass, dono do banco TAG Bank, que informou as autoridades sobre o suposto esquema de lavagem de dinheiro e manipulação de mercado.
Segundo Bretas, a prisão temporária “busca a obtenção de elementos de informação a fim de confirmar a autoria e materialidade dos delitos”.
“Nessa toada, a imprescindibilidade da medida para a investigação é evidente, assegurando, dentre outros efeitos, que o investigado seja ouvido pela autoridade policial sem possibilidade de prévio acerto de versões com outros sujeitos.”