O Banco Central do Brasil (BACEN) anunciou o lançamento de um novo sistema de pagamentos em 2020.
A plataforma funcionará por meio da blockchain, tecnologia do Bitcoin, tornando o sistema mais rápido e mais seguro, além de permitir a conexão de bancos, clientes e empresas, segundo publicação do Estadão nesta terça-feira (24).
Com a implantação da nova plataforma, outras formas de pagamentos devem se tornar obsoletas, gerando uma possível reestruturação do mercado financeiro nacional.
Os pagamentos instantâneos acontecerão sem a utilização de cartões, e serviços de transferência como (TED) e (DOC) devem desaparecer, já que a blockchain permite transações de maneira praticamente instantânea, levando apenas alguns segundos para serem concluídas.
“Transferências eletrônicas interbancárias de crédito, como a TED e o DOC, estão longe do seu potencial de utilização, principalmente por causa das tarifas elevadas para essas operações, das dificuldades no endereçamento das transferências e da ausência de confirmação das transações.”
De acordo com o Bacen, o desenvolvimento da base de dados deve custar cerca de R$ 4,3 milhões, enquanto sua manutenção custará aproximadamente R$ 1,2 milhão anualmente.
No novo sistema do governo, que funcionará durante 24 horas por dia, 7 dias por semana e todos os dias do ano, é possível que cada cidadão tenha um usuário.
Seu cadastro será criado separadamente com informações que estes já utilizam, também pode ser que apenas usando o CPF seja possível criar um perfil na plataforma.
Com o novo sistema, as transações serão verificadas imediatamente, substituindo os cartões de crédito.
“Os custos de aceitação de cartões de crédito e de débito são muito elevados e a disponibilização dos recursos para o beneficiário final do pagamento demora muito tempo.”
No comunicado, o Bacen afirma que “iniciar um pagamento instantâneo deverá ser tão simples quanto selecionar uma pessoa na lista de contato do telefone celular”.
“Tudo o que deverá ser necessário é um smartphone, uma conta em um prestador de serviço de pagamento (PSP) da escolha do consumidor e o aplicativo desse PSP”, completou.