No Brasil, o montante investido em fundos de criptomoedas já chega a R$ 230,7 milhões em 2020, com uma disparada de 11 vezes mais investidores no setor.
Os dados foram disponibilizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e revelam que o mercado brasileiro de criptoativos está crescendo em ritmo acelerado.
Em dezembro de 2019, cinco fundos de moedas digitais somavam, juntos, 1,3 mil cotistas e cerca de R$ 26 milhões em patrimôno líquido, mas esses números aumentaram rapidamente.
Até junho deste ano, já havia 7,4 mil cotistas e R$ 130 milhões em patrimônio líquido.
Pouco tempo depois, em 3 de setembro, já havia nesses fundos R$ 230,7 milhões em patrimônio líquido. Quanto ao número de cotistas, esse aumentou para 14,3 mil, conforme reportou o Valor.
Esse salto em menos de um ano representa um aumento de 77,5% no capital aplicado de dezembro de 2019 a 3 de setembro de 2020.
Contudo, devido a instrução 555/2014 da CVM, há um limite para o que cada tipo de investidor de varejo, pessoa física, pode estar expostos em ativos de renda variável no exterior, como criptomoedas.
Portanto, nem todo esse valor está aplicado em Bitcoin e outras criptomoedas.
De acordo com a instrução da autarquia, os fundos destinados a esses investidores estão limitados a aplicação de 20% em renda variável e 80% em renda fixa.
Por isso, apenas R$ 161,2 milhões dos R$ 230,7 milhões estão investidos em criptoativos, o que corresponde a 69% do montante.
“O ano de 2020, apesar de todos os seus pontos negativos até aqui, acabou formando uma espécie de “tempestade perfeita” para o desenvolvimento do mercado de criptomoedas no Brasil”, diz Fernando Carvalho, presidente da QR Capital.