Giro solidário: Nova pirâmide financeira vira febre nas redes sociais

Um novo golpe está tomando conta do WhatsApp e outras redes sociais nessa semana. Com a promessa atraente de R$1.000 de retorno, o “Giro Solidário”, como é chamado, reúne as características tradicionais de uma pirâmide financeira.

O esquema que usa um modelo de mandala, é simples: promessas de lucro fácil em meio à crise econômica causada pela pandemia do coronavírus e captação de novos participantes para manter o sistema funcionando.

Como funciona

Mais comumente, são criados grupos no WhatsApp com 15 pessoas, onde o convidado precisa depositar R$130 na conta pessoal de quem está no centro da mandala.

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Imagem: Modelo de mandala do esquema que está sendo divulgado nas redes.


Em seguida, todos os participantes devem chamar mais membros, para que um por vez chegue no centro da mandala e receba o dinheiro aplicado pelos novos participantes.

Também estão sendo divulgados valores alternativos, mas o modelo é o mesmo:

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Imagem: Mensagem no WhatsApp divulgando o esquema com valores diferentes.

Na maioria das vezes, a pessoa recebe o retorno em menos de uma semana, segundo relatos.

O problema, no entanto, é que diferente do que é divulgado, não se trata de investimento, mas sim de redistribuição de dinheiro.

Em outras palavras, neste esquema, o dinheiro é repassado dos supostos “investidores” novos para os antigos, continuamente.

Mas o que acontece quando param de entrar novos membros?

Bom, a resposta é simples, na verdade: a pirâmide quebra e acaba exposta, deixando no prejuízo as últimas pessoas a aplicarem (ou reaplicarem) dinheiro.

Como o Criptonizando já ressaltou diversas vezes, não existe uma fórmula mágica para enriquecer.

Todos os dias, novos golpes são divulgados nas redes sociais e até em propagandas na televisão, por isso, é primordial que a população busque educação financeira.

São inúmeros os casos de vítimas de esquemas fraudulentos já reportados aqui no portal, que vão desde algumas centenas de reais a milhões perdidos.

Pirâmide financeira é crime

A prática de pirâmide é enquadrada pela Justiça como um crime contra a economia popular tipificado no inciso IX, art. 2º, da Lei 1.521/51: “obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indeterminado de pessoas mediante especulações ou processos fraudulentos (“bola de neve”, “cadeias”, “pichardismo” e quaisquer outros equivalentes)”.

Os participantes do esquema podem ser condenados por estelionato com pena de reclusão, de um a cinco anos, e multa, conforme o artigo 171, que descreve:

“Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.”

Disclaimer
As informações contidas neste artigo são de caráter informativo e refletem a opinião do autor. Não constituem aconselhamento financeiro, jurídico ou de investimento. O mercado de criptomoedas é volátil e envolve riscos. Faça sua própria pesquisa antes de tomar qualquer decisão.

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