Em janeiro de 2025, Donald Trump intensificou seus esforços para impedir que os países do BRICS —Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — abandonem o dólar como moeda de reserva internacional. O ex-presidente dos Estados Unidos argumenta, aliás, que a substituição do dólar por uma nova moeda do BRICS prejudicaria a economia americana e enfraqueceria sua influência global.
Como medida de pressão, ele ameaçou impor tarifas de 100% sobre as importações desses países caso prossigam com a iniciativa.
Avanço da desdolarização no BRICS
O BRICS tem discutido a criação de uma moeda alternativa para reduzir sua dependência do dólar nas transações comerciais. Assim, o projeto ganhou força após as sanções ocidentais à Rússia, que evidenciaram os riscos de depender do sistema financeiro dominado pelos Estados Unidos. A nova moeda facilitaria o comércio entre os países do bloco e reduziria a vulnerabilidade a políticas monetárias externas, por exemplo.
No entanto, o desenvolvimento dessa alternativa enfrenta desafios. Os membros do BRICS possuem economias diversas e nem todos estão alinhados em relação à implementação de uma moeda única. Além disso, a criação de uma infraestrutura financeira robusta para suportar essa moeda exige tempo e cooperação entre os países.
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A resposta de Trump e seus impactos
Diante desse cenário, Trump reagiu com medidas agressivas. Ele declarou que qualquer tentativa do BRICS de criar uma moeda alternativa resultaria em tarifas punitivas sobre as exportações desses países para os Estados Unidos. Seu objetivo é dissuadir o bloco de avançar nessa estratégia e preservar a dominância do dólar.
As tarifas de 100% representam um risco de guerra comercial entre os Estados Unidos e o BRICS. Se implementadas, poderiam desencadear retaliações dos países afetados, elevando custos para importadores e impactando o comércio global. Além disso, especialistas alertam que tais restrições podem, paradoxalmente, acelerar a busca do BRICS por alternativas ao dólar.
O futuro das relações entre EUA e BRICS
A decisão do BRICS de seguir ou recuar em sua iniciativa definirá o futuro das relações econômicas globais. Caso prossigam, o dólar poderá perder espaço nos mercados emergentes. Se recuarem, os Estados Unidos manterão sua posição dominante no sistema financeiro internacional. O embate entre Trump e o BRICS denota um momento delicado na geopolítica econômica mundial.