No último sábado, os detentores da criptomoeda Nano sofreram com o ataque DDoS na rede da altcoin.
Como resultado, o ativo que era para ter transações instantâneas, passou a sofrer atrasos em confirmações de transferências.
Para paralisar o ataque, o agente malicioso fez uma tentativa de extorsão mal sucedida contra a comunidade e a Nano Foundation.
O início do ataque foi visto no dia 21 de abril, quando a rede da altcoin teve problemas com blocos inválidos para alguns representantes principais.
Esses blocos são denominados como não-checados, pois não possuem origem da conta gênesis.
Sendo assim, a comunidade da criptomoeda já percebeu o que estava acontecendo, e rotulou o momento como uma tentativa de sobrecarregar os nodes.
Para isso, o atacante utilizou recursos computacionais extras que verificava e limpava os blocos.
É importante apontar que a Nano tem um protocolo que elimina automaticamente blocos não verificados em algumas horas.
Ou seja, o excesso de informação seria resolvido em pouco tempo, sem afetar toda a rede.
“Atualmente estamos trabalhando em algumas mudanças relacionadas ao gerenciamento de blocos não-verificados e outros alvos desta atividade recente. Embora o impacto até agora tenha sido mínimo, trabalhar para mitigar impactos futuros é importante e terá precedência sobre outras atualizações”, disse Colin LeMahieu, criador da Nano.
Ataque mais potente na Nano
Conforme relatado pelo Cointimes, no último sábado (23), a rede do ativo digital foi afetada pelos esforços do atacante.
O agente realizou a mesma operação, mas focando em diversos representantes principais ao mesmo tempo.
Dessa forma, a quantidade de blocos falsos ficou realmente alta.
Isso fez com que alguns nodes mais fracos não resistissem e ficassem offline, levando transações instantâneas para o tempo de 30 e até mesmo 60 minutos.
O que possibilitou o ataque foi que mais de 33% de todos os votos da rede ficaram offline ao mesmo tempo.
Sendo assim, não houve a quantidade mínima de votos necessária para atingir o consenso sobre as transações.
Esse momento da rede deu aos usuários da criptomoeda uma dor de cabeça entre 3 e 5 horas.
Durante esse tempo, o protocolo eliminou blocos não-válidos automaticamente.
Logo após, a rede voltou a funcionar normalmente.
Mas para que serve mesmo essa quantidade mínima de votos?
Para que não ocorra o famoso ataque 51% na rede da criptomoeda.
Em suma, o ataque 51% acontece quando apenas uma entidade detém a maior parte do hashrate de um criptoativo.
Ele pode causar estragos em toda a rede, pois essa entidade iria ter força para controlar todo o blockchain e fazer alterações nas transações.
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