Em meio à pandemia, o sistema de Atenção Primária (e-SUS APS) do Rio de Janeiro sofreu uma invasão de hackers que exigem um resgate em bitcoin (BTC) para liberar prontuários, consultas de pessoas infectadas por covid-19 e até atestados de óbitos.
De acordo com informações da Band News, a invasão ocorreu na semana passada, mas os profissionais de saúde ainda não conseguem acessar os dados.
O problema está presente em, pelo menos, 13 unidades da atenção primária do município do Rio de Janeiro.
A invasão começou no sistema da prefeitura do Rio por meio de um ransomware no dia que algumas atualizações foram feitas no servidor central da Rio Saúde, uma empresa pública da Prefeitura do Rio.
Trata-se de um tipo de malware que impede os usuários de acessarem seu sistema ou arquivos pessoais sem o pagamento de um resgate. Nesse caso, a exigência são bitcoins.
O vírus pode ter sido ativado por meio de uma mensagem, e-mail ou arquivo infectado, e não parece ter sido destinado exclusivamente à Prefeitura.
Com o bloqueio, médicos e outros funcionários das unidades não conseguem realizar registros nos prontuários eletrônicos, o que pode agravar a situação devido à gravidade do momento, com a pandemia do novo coronavírus.
A reportagem afirma que em uma clínica da família, na Ilha do Governador, vários arquivos foram deletados, salvos de 13 de maio até a terça-feira (2), incluindo prontuários de pacientes, registros de atestados de óbitos e até consultas de pessoas infectadas por covid-19.
Os serviços não ligados ao e-SUS estão funcionando normalmente, pois o ransomware comprometeu apenas os atendimentos ligados a Atenção Primária.
Segundo a Prefeitura do Rio de Janeiro, há uma equipe técnica trabalhando para retomar o sistema e o resgate em BTC não deverá ser pago.
Ademais, a Polícia Civil foi acionada e trabalha para encontrar os responsáveis.